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Projeto alertar para a violência contra a mulher, aborto e uso do corpo feminino de formas indevidas

No Brasil, a cada 1 hora e 30 minutos uma mulher é vítima de violência masculina

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De 24 de maio a 26 de junho, o Sesc Copacabana vai reunir uma série de eventos para alertar para a violência contra a mulher, o aborto e o uso do corpo feminino como forma de vingança, além de discutir sobre seus direitos. Serão debates com profissionais do judiciário, jornalismo, filosofia, psicanálise, consulados, artes cênicas, direitos humanos e cinema, além do lançamento de um livro, de exibição de filmes sobre o tema, da abertura de uma instalação e da estreia de dois espetáculos: O Corpo da Mulher Como Campo de Batalha, de MatéiVisniec e Bonecas Quebradas, com dramaturgia compartilhada.

Mulheres em Cena: Corpo e Violência nasceu da junção de dois projetos apresentados ao Sesc. O primeiro por iniciativa da Ester Jablonski que depois de começar a trabalhar na produção do espetáculo de MatéiVisniec, O Corpo da Mulher Como Campo de Batalha, a atriz, que protagoniza a peça ao lado de Fernanda Nobre, sentiu que precisava ir além: “Esse projeto foi criado a partir da força do que o texto da peça traz. Senti que esse espetáculo poderia ecoar para além dos palcos, tamanha a força dele e da sua proposta. Força tão grande que fez com que agregássemos pessoas e instituições que lidam com a questão da violência contra a mulher, e o SESC, que imediatamente estabeleceu a ideia de juntar os espetáculos com a temática. Com isso montamos uma programação bem bacana, que inclui o filme do Thierry Michel - O Homem que conserta Mulheres, que só foi exibido aqui numa sessão do Festival do Rio no ano passado”.

Já a outra parte do projeto foi apresentada pelas atrizes Luciana Mitkiewicz e Lígia Tourinho, que seguiu o modelo do evento realizado por ambas, em setembro do ano passado, na Mostra Rumos, no Itaú Cultural, em São Paulo, em que apresentaram o espetáculo, um debate entre as atrizes, envolvidos no projeto, uma antropóloga e uma juíza.Além disso realizaram uma instalação aberta ao público durante toda a temporada. Nela, o espaço cênico foi objeto de visitação pelo público, local onde também foram dispostos alguns elementos de cena e exibidos na íntegra documentários e filmes de ficção que serviram de base à pesquisa desenvolvida no projeto. A instalação também estará disponível para visitação do público, no Mezanino, a partir do dia 10 de junho. “Tendo o espetáculo um tema como este, achamos melhor desdobrá-lo em uma série de atividades para que pudesse ser discutido e assimilado pelo público de forma crítica e ao mesmo tempo sensível, e isso inclui o lançamento de um livro pela Editora Azougue, através do qual, ele pode ser revisitado durante um tempo muito maior”, afirma Luciana.