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Museu Imperial recebe caderno de viajante inglês do século XIX

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Na sexta-feira (3/7), o Museu Imperial/Ibram, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, recebeu Deirdre Atmore e George Andrews, descendentes do viajante inglês William Rickford Collett (1810-1882), a caderneta (travel-log) com anotações sobre a viagem do aventureiro entre os estados do Rio e Minas Gerais, realizada de fevereiro a abril de 1848. Com o título Journey from Rio de Janeiro to the Mines (Viagem do Rio de Janeiro para as Minas, em tradução livre), o volume com encadernação de couro e fecho de metal contém 70 páginas com apontamentos manuscritos e aquarelas de próprio punho do viajante. 

O material permaneceu em poder dos descendentes de William Collett até hoje. Viajantes pelo Brasil A obra de Collett se inscreve no rol dos registros de viagem comuns no século XIX, especialmente os produzidos por súditos da coroa britânica, seja por artistas profissionais e/ou artistas diletantes conhecidos a partir dos exemplares preservados na Coleção Geyer, que pertence ao Museu Imperial. 

Assim, o diário de William Collett se junta a outros, igualmente produzidos na primeira metade do século XIX, como os Diários do almirante Graham Eden Hamond (1825-1838) e os Sketches do tenente William Smyth (1831-1834), complementando tematicamente a categoria "literatura de viagem" sob a guarda do Museu Imperial. Dentre os destaques do caderno de viagem encontram-se duas imagens raras: uma que documenta os primórdios da construção do Palácio Imperial de Petrópolis, hoje Museu Imperial, e outra da Fazenda do Padre Correa, comunidade rural anterior à chegada da família imperial.