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Festival Rio Gay de Cinema ganha novos espaços

Ao todo 124 produções distribuídas que abordam a temática sob diferentes pontos de vista

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O documentário brasileiro Gazelle – The Love Issue, de Cesar Terranova, que conta a história de um comissário de bordo e seu alter-ego artístico, a drag Gazelle, abre na noite de nesta quinta-feira (2/7), no Cine Odeon, na Cinelândia, o Rio Festival Gay de Cinema 2015. Integralmente voltado para o cinema de gênero e sexualidade, o evento ganha, nesta quinta edição, mais visibilidade, com um número maior de espaços de exibição.

Além do Odeon, palco das noites de abertura e de encerramento, e de várias sessões com a presença de diretores e debates com o público, entram no circuito do festival a Livraria Cultura, também no centro, e o Cine Joia, em Copacabana. Os filmes serão exibidos ainda no Instituto Cervantes, em Botafogo; no Centro Cultural Justiça Federal (CCJF); e, com entrada franca, em dois espaços populares da zona norte carioca: as arenas Dicró, na Penha Circular; e Jovelina Pérola Negra, na Pavuna.

São ao todo 124 produções – 27 longas e 93 curtas-metragens, distribuídos em programações que abordam a temática sob diferentes pontos de vista. O Panorama Nacional  apresenta 9 filmes, em sua maior parte documentários, como o que abre o festival e os que retratam as vidas do escritor Caio Fernando Abreu (Para sempre teu Caio F., de Candé Salles) e do artista plástico Leonílson (A Paixão de JL, de Carlos Nader).

“A predominância dos documentários tem a ver com a necessidade de contar o que está acontecendo no Brasil com as questões que envolvem sexualidade. É o cinema como ferramenta de combate ao preconceito, falando de pessoas influentes na coletividade”, comenta o diretor e curador do festival, Alexander Mello. Ele destaca ainda entre os filmes nacionais o documentário De gravata e Unha Vermelha, de Miriam Chnaiderman. “É um filme que coloca em debate a questão de ser homem ou mulher, que quebra os paradigmas primários em relação à questão de gênero”.

O Panorama Internacional vai receber 18 filmes inéditos. Entre eles, o documentário Game Face, coprodução da Bélgica e dos EUA, dirigida por Michiel Thomas; e o filme B, de ficcão científica e horror, Dyke Hard, da sueca Bitte Andersson. Os dois cineastas estão no Rio para apresentar seus filmes.

Game Face trata da homofobia no mundo dos esportes. Conta a trajetória de uma lutadora transexual e de um jogador de basquete gay. Ainda na programação internacional, destacam-se o primeiro filme de tema gay do Sri Lanka, Frangipani, e a produção argentina Atlantida, da cineasta Ines Maria Barrionuevo.

Os demais títulos se dividem entre as mostras competitivas de curtas nacionais (11 filmes) e internacionais (27), e as não competitivas de curtas (11 filmes). Haverá também 30 curtas DIV.A (diversidade em animação e 14 em Transcinema. “É uma proposta que rompe os padrões do cinema tradicional, com filmes que buscam experimentação, tanto visual como de som”, explica o curador sobre a mostra Transcinema, novidade nesta edição do festival.

O Rio Festival Gay de Cinema 2015 – Todos os Gêneros e Sexualidades tem o patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e da Secretaria Municipal de Cultura. A programação completa está disponível no site www.riofgc.com.