Antes de sair dizendo que Jociane Cristina nasceu com a sapatilha virada para lua, saiba que a moça de 28 anos respira dança desde os seus cinco anos de idade. Tanta dedicação resultou em uma bolsa de estudos em Nova York oferecida a ela, na semana passada, durante o encerramento do Jazz Central, em São Paulo.
O evento que reuniu 114 dançarinos, profissionais e amadores, trouxe Brian Thomas ao Brasil para um curso. O coreógrafo de Michael Jackson, Beyoncé, Britney Spears, Nelly Furtado, Ricky Martin, entre outros astros e estrelas, também tinha a missão de encontrar entre os participantes o talentoso bailarino que embarcaria para a Big Apple.
“Estou vivendo um sonho”, disse Jociane ao Terra logo após saber o resultado final, no dia 13. Ela e Fabiana Figueiredo, de São Paulo, haviam sido anunciadas como finalistas no dia 10, quando participaram da mostra de solos na mira do olhar do coreógrafo da Broadway.
“A Fabiana era uma concorrente muito forte e também merecia o curso”, confessa Jociane. “Já estava satisfeita com o que tinha conquistado. Mas sei que ir para Nova York vai dar um arranque na minha carreira”.
Três fatores, segundo Thomas, foram considerados na avaliação: desempenho, técnica e energia. “São coisas vitais para uma longa e próspera carreira no mercado de entretenimento”, afirma.
Mariana Feitosa, produtora e idealizadora do evento, destaca que a cada edição do Jazz Central novos desafios e diferentes surpresas acontecem. “O curso do Thomas teve inscritos de diferentes cidades de todo o Brasil. A presença dele no evento permitiu uma troca de experiência fantástica que, com certeza, fez muita diferença na vida de cada participante”. Em especial, na vida de Jociane.
Nascida em Votorantim, ela se mudou ainda pequena para Sorocaba, ambas cidades do interior paulista. Sua paixão pela dança foi o estímulo para estudar Educação Física e cursar pós-graduação em Dança. Hoje, atua como professora de dança e é especializada em balé clássico, jazz, sapateado americano e sapateado irlandês.
Jociane se mostra empenhada no aprimoramento técnico. “Sempre faços cursos e busco conhecimentos novos para passar para os alunos. Amo jazz”. A professora embarca em fevereiro de 2016 e, certamente, na bagagem da volta vai trazer um sonho realizado.