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Com passinhos robotizados, St. Vincent empolga Lollapalooza

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Com voz delicada e um repertório dançante, a americana Annie Clark mostrou em uma hora de show porque era uma das apostas do lado B do Lollapalooza e é a primeira mulher a ganhar o Grammy de melhor álbum alternativo depois de 20 anos. Cérebro do St. Vincent, ela subiu no palco Axe na tarde deste sábado (28) no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, com uma mistura de vários estilos, entre rock, pop, indie e eletrônico, que funciona muito bem ao vivo. 

Veterana de festivais, mas pela primeira vez em solo brasileiro, Annie começou o show 15 minutos após o programado, às 17h15, mesmo horário em que os ingleses do Kasabian se apresentavam no Onix, o que dividiu o público do festival, mas nem por isso deixou a apresentação menos empolgante. "É um grande prazer estar aqui", disse a vocalista agradecento com gestos a recepção do público.

Em uma performance teatral, com passinhos robotizados, o St. Vincent abriu o show com Bring Me Your Loves , do álbum homônimo, eleito como o melhor de 2014. Do mesmo disco, o público ainda ouviu Rattlesnake , Birth in Reverse , Regret , Huey Newton e Digital Witness.

De Strange Mercy (2011), o penúltimo álbum, as escolhidas foram Cruel , Cheerleader e Surgeon . Mas todos os álbuns do grupo foram lembrados com pelo menos uma canção, como Marrow , de Actor (2009) e Your Lips Are Red , de Marry Me (2007), quando Annie protagonizou o momento mais performático do show ao subir nas costas de um segurança e descer do palco para cantar junto com os fãs enquanto levantava uma bandeira do Brasil. 

Pouco antes de vir ao País, Annie disse que se sentia honrada em abrir um festival em que teria o Robert Plant, um dos headliners do Lolla neste sábado: "a vida é o tipo de melhor coisa que existe". Com uma apresentação completa, ela provou que o "esquenta" para o músico mais experiente do festival foi muito bem escolhido.