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“Noel Rosa, preto e branco” nesta terça e quarta, em Copacabana

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Nos dias 27 e 28 de janeiro, Valéria Lobão soltará a voz na Arena do Espaço Sesc, em Copacabana, para lançar o álbum “Noel Rosa, preto e branco” (selo Tenda da Raposa). Nas duas noites, a cantora será acompanhada pelo pianista e diretor musical do espetáculo Itamar Assiere, com participações especiais dos pianistas Gilson Peranzzetta e Carlos Fuchs (também produtor musical, responsável pela gravação, mixagem e masterização do CD) e da cantora Mariana Baltar. Ingressos a R$ 20, com meia-entrada para maiores de 60 anos, estudantes e jovens até 21 anos. Comerciários pagam R$ 5.

Depois de sua estreia em disco com o elogiado “Chamada” (2011), Valéria Lobão agora se debruça sobre a obra daquele que foi um dos precursores da moderna música popular brasileira: o grande Noel Rosa (1910-1937). E faz isso de maneira notável, intensa e cheia de sabores – ora doces, ora ácidos, como as próprias letras de Noel. Passeando da dor profunda ao total escárnio e irreverência, Valéria faz um bom uso da poética de Noel para criar surpreendentes imagens sonoras, com naturalidade e graça.

 “Noel Rosa, preto e branco” revisita 22 composições do Poeta da Vila através das teclas pretas e brancas de um piano e 22 pianistas. Cada um deles foi convidado a escrever arranjos e interpretar as faixas junto com a cantora, no cultuado estúdio Tenda da Raposa, em Santa Teresa, Rio de Janeiro. “O repertório traz clássicos, da linha de ‘Feitio de oração’, ‘Último desejo’ e ‘Triste cuíca’, e outras músicas que, incrivelmente, permaneceram em descanso por décadas, como ‘Suspiro’ e ‘Sinhá Ritinha’”, diz Valéria.

 André Mehmari, João Donato, Cristovão Bastos, Leandro Braga, Rafael Vernet, Marcelo Caldi, Gabriel Geszti, Rafael Martini, Adriano Souza, Marcos Nimrichter, Duo Gisbranco (formado por Claudia Castelo Branco e Bianca Gismonti), Eduardo Farias, Tomás Improta, Fernando Leitzke, Robert Fuchs, Cliff Korman, Claudio Andrade, Vitor Gonçalves e os supracitados Carlos Fuchs, Gilson Peranzzetta e Itamar Assiere foram parceiros na feitura do disco. “É interessante notar que todos eles se servem do mesmo instrumento, que, por sua vez, utiliza sempre os mesmos microfones e pré-amplificadores para a captação sonora. Significa que ouvimos o som de cada um e acredito que isso seja uma das riquezas deste trabalho”, avalia Carlos Fuchs.

Também participam do disco seis cantores de diversas gerações que vêm inspirando Valéria Lobão em sua ainda jovem, porém promissora carreira: Joyce Moreno, Marcelo Pretto, Mariana Baltar, Nina Wirtti, João Cavalcanti e Moyséis Marques. A preparação e direção vocal levam a assinatura de Felipe Abreu.

 Dona de uma voz de timbre suave, que dispensa firulas e acrobacias vocais, e transitando com elegância e tranquilidade por embolada, moda caipira, samba, samba-canção, fox e toada, Valéria Lobão nos apresenta um panorama que vai desde o início da carreira, ainda no tempo em que Noel integrava o seu primeiro conjunto - Bando de Tangarás - até suas últimas composições. No roteiro, estão pérolas como “Minha viola” (de 1929), “Julieta” (com Eratóstenes Frazão, 1931), “Sinhá Ritinha” (com Moacyr Pinto, de 1931), “E não brinca não” (1932), “Suspiro” (parceria com Orestes Barbosa, 1934), “Pastorinhas” (de Noel e João de Barro, 1934) e “Eu sei sofrer” (1937).

“Noel Rosa, Preto e Branco”, lançamento

 QUANDO: 27 (terça) e 28 (quarta) de janeiro, às 20h30

ONDE: Arena do Espaço Sesc - Rua Domingos Ferreira, 160, em Copacabana

QUANTO: Ingressos a R$ 20 (inteira), com meia-entrada (R$ 10) para maiores de 60 anos, estudantes e jovens até 21 anos. Comerciários pagam R$ 5