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Documentário com locução de Rita Lee reúne música, política e esporte

Filme sobre início da década de 1980 estreia nesta quinta (30) e traz depoimentos de Sócrates a Lula

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O documentário “Democracia em preto e branco” dirigida por Pedro Asbeg estreia nesta quinta-feira (30) no Estação Gávea, na Zona Sul do Rio. O documentário com locução de Rita Lee traz entrevistas de personalidades como o ex-jogador Sócrates, os ex-presidentes da República Lula e FHC, além de nomes como Marcelo Rubens Paiva, Marcelo Tas, Edgard Scandurra, Frejat, Serginho Groisman e Paulo Miklos, entre outros. Premiado com a Menção Honrosa no Festival ‘É Tudo Verdade 2014’, o filme é uma co-produção TV Zero, Miração Filmes e ESPN.

O filme retrata um momento único da história do País e mostra como a Democracia Corinthiana - movimento revolucionário futebolístico do início da década de 80, encabeçado pelos jogadores Sócrates, Casagrande e Wladimir -, o nascimento das bandas de rock brasileiras e a campanha das "Diretas Já" estiveram diretamente ligados na busca por um Brasil mais livre e democrático. O lançamento do filme coincide com os 50 anos do golpe militar e 30 anos das “Diretas Já”, além do fim das eleições de 2014.

“Democracia em preto e branco” é o primeiro longa-metragem brasileiro a ser parcialmente financiado com crowdfunding. O filme apresenta entrevistas exclusivas com os protagonistas do movimento Democracia Corinthiana – entre elas uma das últimas feitas por Sócrates antes de seu falecimento, além de depoimentos de um time de personalidades. Além disso, o filme realizado ao longo de quatro anos conta com emocionantes imagens de arquivo, como as manifestações que levaram multidões espalhadas pelo Brasil em busca do voto direto para presidente da República.

Sobre a Democracia Corinthiana

No início da década de 80, enquanto estudantes, artistas e intelectuais participavam das campanhas pelo fim da ditadura militar, os jogadores do time paulista contestavam a estrutura autoritária que viviam no clube. Entre eles estavam Sócrates, Casagrande e Wladimir. O trio viu a possibilidade de ver os paradigmas mudados com a entrada do diretor Adilson Monteiro Alves, sociólogo, que chegou ao clube oferecendo aos jogadores um modelo de gestão democrática. De início, vieram as escolhas conjuntas sobre os horários de treinos, concentração, contratação de novos jogadores e até uma nova divisão dos ganhos do time também entre seus roupeiros, motoristas e outros funcionários.

*Do programa de estágio do JB