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Produção brasileira é o destaque da 22ª edição do Anima Mundi

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Evento já consagrado no calendário cultural do Rio de Janeiro, o Anima Mundi, um dos mais importantes festivais de animação do mundo, chega à 22ª edição exibindo, nesta sexta-feira (25) com a exibição de 418 filmes, em quatro espaços da cidade. O festival, no entanto, é muito mais do que sessões de cinema: até o dia 10 de agosto, a programação oferece também oficinas gratuitas, workshops e encontros com animadores renomados de todo o mundo, numa série de atividades que impulsionam a indústria de animação no Brasil.

Para esta edição, o Anima Mundi recebeu a inscrição de 1.928 filmes – recorde que tornou ainda mais difícil a seleção, feita de forma criteriosa pelos organizadores do evento, segundo uma das diretoras da mostra Aída Queiroz. “Tivemos que ver todos esses filmes em um prazo curto para fazer a seleção, mas é bom ver filmes do mundo todo chegando até aqui.”

A produção nacional, com 109 filmes e seis coproduções de seis estados brasileiros, ganha destaque na lista de 418 títulos da mostra. Segundo Aída Queiroz, além da quantidade, a edição 2014 do Anima Mundi se caracteriza por filmes nacionais de excelente qualidade. “São curtas que poderão participar de qualquer festival internacional de animação, com qualidade suficiente para competir de igual para igual com filmes de países que já têm tradição no gênero.”

Esses países tradicionais no cinema de animação estão muito bem representados na seleção, a começar pela França, com 63 filmes, seguida de Estados Unidos (29) Alemanha (20), Holanda (13), Israel (12) e Coreia do Sul (8). Ao todo, são 47 países representados com curtas e longas-metragens de animação nas telas da Fundição Progresso, Espaço Itaú de Cinema, Oi Futuro Ipanema e Centro Cultural Light.

Assim como nas edições anteriores, o Anima Mundi traz convidados especiais para contar suas experiências nos Papos Animados, abertos para o público. Este ano fazem parte da lista o americano Chris Landreth, vencedor do Oscar de melhor curta de animação em 2011 pelo filme Ryan, e o premiado Eric Goldberg, que falará da experiência nos estúdios Disney.

“Ele é o diretor de animação que pela primeira vez utilizou a atuação do ator que grava os diálogos do filme no personagem que estava animando. Goldberg fêz isso com o gênio de Aladdin. Ele observou a atuação de Robin Williams enquanto gravava os diálogos e adaptou isso ao personagem, que ficou até um pouco parecido com o ator”, conta a diretora do festival.

Voltado também para profissionais e estudantes de cinema, o Anima Forum terá, mais uma vez, debates sobre o futuro e o mercado de animação. Todos na Fundição Progresso. Uma dessas discussões terá como tema "Animação e games", abordando a crescente importância que os jogos eletrônicos vêm adquirindo no setor.

“É um mercado em que o Brasil começa a entrar. A indústria de games mundial bateu a de cinema e de música juntas, em termos de vendas. O game usa a animação, tanto para a abertura quanto no jogo em si. Claro que tem o desenvolvimento tecnológico , mas a linguagem é animação”, explica Alda Queiroz.

Simultaneamente ao Rio, o Anima Mundi também tem parte de sua programação exibida em São Paulo, de 6 a 10 de agosto, no Espaço Itaú de Cinema Augusta. A programação está disponível no site www.animamundi.com.br.