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Corpo do escritor Ariano Suassuna é sepultado no Recife

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Foi sepultado nesta quinta-feira, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife, o corpo do escritor Ariano Suassuna. A pedido da viúva, Zélia de Andrade, foram lidos dois poemas: "Acahuan", que Ariano escreveu em homenagem a seu pai, e "A mulher e o reino", feito para a esposa. 

O caixão com o corpo de Ariano chegou ao cemitério pouco antes das 17h, após ter desfilado em carro aberto do Corpo de Bombeiros, fazendo o percurso desde o Palácio do Campo das Princesas, local do velório. 

Ariano Suassuna foi velado desde a noite de quarta (23) na sede do governo de Pernambuco. Ele morreu às 17h15, de parada cardíaca, provocada pela hipertensão intracraniana. O poeta e dramaturgo  estava internado desde segunda-feira (21) no Real Hospital Português, após ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico.

A presidente Dilma Rousseff e o candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) compareceram ao velório.

Suassuna tinha 87 anos e era membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) desde 1994, ocupando a Cadeira 32. Ele foi autor de dezenas de peças de teatro e de livros, sendo o Auto da Compadecida a de maior alcance popular.

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Diversas autoridades lamentaram a morte do escritor. A presidenta Dilma Rousseff destacou que a literatura brasileira perdeu uma grande referência cultural, com a morte do escritor e dramaturgo. Em nota, a presidenta disse que "Suassuna foi capaz de traduzir a alma, a tradição e as contradições nordestinas em livros como Auto da Compadecida, Romance d'A Pedra do Reino e O Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta."

O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a morte do escritor é “uma perda irreparável para a cultura nacional”. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), lamentou a morte de Suassuna e ressaltou a genialidade da obra e a grande falta que o escritor fará à cultura nacional.