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Temporada 2012 de óperas e balés do The Royal Opera House no Brasil

Diretos de Londres, espetáculos serão transmitidos em 18 cidades

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A Rede Cinemark traz para o Brasil, com exclusividade, a temporada 2012 de óperas e balés do The Royal Opera House (ROH), de Londres, a partir do dia 25 de fevereiro. Considerada a mais contemporânea de todas as casas de óperas, o ROH faz uma leitura mais moderna dos espetáculos, ampliando seu alcance e atraindo um público de faixa etária variada. Serão oito espetáculos, sendo dois ao vivo: o balé “Romeu e Julieta” e a ópera “Rigoletto”; e todas as apresentações exibidas com projeção 2k (High Definition), áudio 5.1, e legendas em português.

- Essa releitura atual do The Royal Opera House permite conquistar mais espectadores, abrangendo também um público mais jovem. Esperamos atingir a todos, unindo espetáculos de qualidade inquestionável com um formato mais próximo do nosso cotidiano. – afirma Bettina Boklis, Diretora de Marketing da Cinemark Brasil.

A proposta da Cinemark é levar aos seus espectadores conteúdo diferenciado e de qualidade. Por conta disso, a rede firmou ainda uma parceria com Marcel Gottlieb, profundo conhecedor do gênero. Gottlieb dividirá com o público seu conhecimento sobre o tema em cada uma das óperas.

 - A proposta da Cinemark em trazer o The Royal Opera House me encantou, pois é uma oportunidade de levar ao público a chance de compreender melhor o contexto e a interpretação artística destes grandes espetáculos. Minha atuação será a de comentarista e de mediador de debates com convidados especializados no assunto – conta Gottlieb.

As apresentações acontecem entre fevereiro e maio em 30 complexos da Rede em todo o Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Niterói, Brasília, Palmas, Natal, Campo Grande, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Vitória, Florianópolis, Manaus, São José dos Campos, Campinas, Ribeirão Preto, Salvador e Goiânia. Os ingressos dessa temporada podem ser adquiridos no site da Rede (www.cinemark.com.br) ou na bilheteria do complexo que recebe o evento duas semanas antes de cada espetáculo. Os valores variam entre R$ 60 (inteira) e R$ 25 (meia).

 

Sobre os espetáculos

O primeiro espetáculo escolhido para abrir a temporada é“Tosca” (nos dias 25, 26 e 28 de fevereiro), de Giacomo Puccini. Dirigida por Duncan Macfarland e regida por Antonio Pappano, a ópera possui três atos e conta uma história fascinante com um final trágico, incluindo drama e paixão. Totalmente cantada em italiano, a partitura inclui clássicos como o “Te Deum”, do primeiro ato, e as árias “Vissi d’Arte” e “E Lucevan le Stelle”. A produção detalhista de Jonathan Kent é baseada no ambiente histórico de Roma em 1800, um mundo conturbado pela política, pela ânsia de controle da sociedade e por mistérios, retratada pelos cenários de Paul Brown. Angela Gheorghiu é a diva Floria Tosca e seu amante Cavaradossi é interpretado por Jonas Kaufmann. Bryn Terfel faz um fabuloso Scarpia, o chefe da polícia.

Em março, nos dias 10, 11 e 13, é a vez de “Giselle”, um dos mais influentes de todos os balés românticos e também uma das maiores e mais populares obras do balé de concerto e do repertório do The Royal Ballet. O papel-título apresenta o poder transcendental do amor da mulher face à traição, sendo um dos papéis mais tecnicamente exigentes e emocionalmente desafiadores da dança clássica. Marianela Nuñez é Giselle e Rupert Pennefather interpreta Albrecht. O balé possui dois atos, com coreografia de Marius Petipa, direção de Peter Wright e cenários e figurinos de John Macfarlane, que acentua os contrastes à medida que a história evolui entre o mundo humano e o sobrenatural.

Ainda em março, o balé “Romeu e Julieta” será exibido ao vivo, no dia 22. Este, composto por três atos, foi o primeiro balé em sessão integral do coreógrafo Kenneth MacMillan e, desde a sua première, em 1965, tem sido uma das obras mais constantes do repertório do The Royal Ballet, sendo encenado mais de 400 vezes e cada uma delas trazendo diferenças sutis, conquistando popularidade mundial. Sergei Polunin, como Romeu, e Lauren Cuthbertson, como Julieta, traz matizes novos às personagens dos jovens amantes. Os realistas cenários renascentistas criados por Nicholas Georgiadis, com alguns detalhes originais recentemente restaurados, constituem o ambiente. A regência fica por conta de Pavel Sorokin.

Em abril, nos dias 14, 15 e 19, a rede exibe “Cendrillon”, no original em francês, ópera mais conhecida no Brasil como “Cinderella”. Pela primeira vez, o The Royal Opera House de Londres apresenta a história de Cinderella tal como é contada na ópera “Cendrillon”, de Jules Massenet. A produção, uma novidade no repertório do ROH, é assinada por Laurent Pelly, cujos trabalhos anteriores na casa incluem a bem-sucedida montagem de “La Fille Du Régiment”, além de “L’Elisir d’Amore” e “Manon”, da última temporada. Joyce DiDonato tem o papel principal, com Alice Coote contracenando como o príncipe encantado – como ela já fez no papel de “Principal Boy”. A fada madrinha é interpretada por Eglise Guttiérez, nesta versão da história infantil que conquistou imensa popularidade na coletânea de contos de fada escrita pelo francês Charles Perrault. Os pontos altos da partitura incluem as danças orquestrais do baile, a Marcha das Princesas e os duetos apaixonados entre o príncipe e a Cinderella. Bertrand de Billy, musicólogo francês, é o regente dessa ópera, que tem direção de Laurent Pelly.

A ópera “Rigoletto” , de Giuseppe Verdi, estreia ainda em 17 de abril, ao vivo, cantada em italiano. Verdi retrata o destino de suas épicas personagens – o atormentado bufão Rigoletto (Dimitri Platanias), que tenta se vingar do seu patrão, o Duque de Mantova (Vittorio Grigolo), um sedutor desalmado que inconsequentemente seduz sua inocente filha Gilda (Ekaterina Siurina). Baseada na controvertida peça “Le Roi S’Amuse” (“O Rei se Diverte”), de Victor Hugo, a tragédia de Verdi, de 1851, foi a causa de uma das suas muitas batalhas contra a censura antes de sua estreia em Veneza. Depois de umas leves modificações em sinal de conciliação, a ópera triunfou primeiro localmente e depois mundialmente. Com regência de John Eliot Gardiner e direção de  David McVicar, a ópera possui três atos. Os figurinos de época são de Tanya McCallin e os cenários de Michael Vale.

“Così Fan Tutte” (“Assim Agem Todas”), de Wolfgang Amadeus Mozart, será exibida nos dias 28 e 29 de abril e 3 de maio. Terceira ópera de autoria de Mozart e Da Ponte, esse conto satírico de traição e confiança testada até o limite é uma comédia com elementos sérios. A popular produção de Jonathan Miller transpõe o século 18 para os dias de hoje. Thomas Allen, o tenor favorito do The Royal Opera, volta ao palco encabeçando um grande elenco de cantores, sob a batuta do regente alemão Thomas Hengelbrock.

Ainda no mês de maio, nos dias 12, 13 e 15, “Il Trittico”, ópera de Giacomo Puccini, será a primeira apresentação completa pelo The Royal Opera de Il Trittico (O Tríptico), de Puccini, desde 1965. A obra, que estreou no Metropolitan Opera de New York em 1918, representa uma digressão operística. Em vez de uma narrativa única apresentada num programa vespertino inteiro, Puccini apresentou três obras contrastantes de um único ato. “Il Trittico” chegou ao Covent Garden londrino em 1920, mas raramente foi apresentado num programa completo. O regente é Antonio Pappano e o diretor  Richard Jones.

Fechando a temporada, é a vez de “Macbeth”, de Giuseppe Verdi, ópera em quatro atos, cantada em italiano e regida por  Antonio Pappano. Exibida nos dias 26, 27 e 29 de maio, o espetáculo mostra a paixão de uma vida de Verdi pela obra de Shakespeare. O compositor achava que o drama constituísse “uma das maiores criações da humanidade” e, com seu libretista Piave, se dispôs a fazer da peça “alguma coisa extraordinária” nos palcos operísticos. Musicalmente falando, as pinceladas-mestras de Verdi são os coros macabros das bruxas, as fortes “cores” orquestrais evocativas e o grande destaque dado ao papel da “feia e malvada” Lady Macbeth. Simon Keenlyside e Liudmyla Monastryrska interpretam o aristocrata escocês e sua ambiciosa e malvada esposa, que incentiva o marido a cometer um assassinato para impulsionar sua carreira. O baixo-barítono americano Raymond Aceto assume o papel de Banquo, vítima de assassinato e símbolo da consciência.