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Crítica - 'Um quadro de nós dois', novo CD de Max Viana

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Das duas, uma: ou Max Viana é um eterno apaixonado, ou está faltando assunto para o instrumentista, cantor e compositor. Não que seu novo CD, Um quadro de nós dois, seja ruim. Tem boas composições e qualidade técnica. Mas cansa por ser monotemático. O assunto "amor" acaba se esgotando, e jargões tornam-se inevitáveis. 

Expressões como "armadilhas da paixão" e "aquela nuvem quer chover/ só pra molhar o nosso beijo" empobrecem um pouco o trabalho, que se salva quando Max cai no samba e no pop, talvez, suas melhores vocações.

Uma das boas faixas do disco é a última, É hora de fazer verão, um samba pra frente, que ganha ainda mais força com a participação de Alcione. Méritos tambem para Itinerário, outro samba muito interessante, que, é claro, fala de amor, e inclui o Rio e seus caminhos na história.

Também uma boa pedida do disco é a pop Vidas paralelas, com excelente pegada de power trio (guitarra, baixo e bateria) e letra em espanhol. Entre as mais melosas, destaque para Tu e o dom, e a bossa O samba que eu guardei, além de O que você quer de mim, com um bom refrão-chiclete. 

Há ainda uma versao de O melhor vai comecar, de Guilherme Arantes. A homenagem é merecida, mas o arranjo não passa de mais do mesmo.

Cotação: ** (bom)