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Museu Tate, de Londres, examina a vida urbana no século 21

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REUTERS

LONDRES - São Paulo e nove outras metrópoles mundiais são o tema de uma exposição em cartaz no museu Tate Modern, de Londres, tratando do desafio da vida urbana no século 21.

"Global Cities" (cidades globais) reúne fotos, maquetes e vídeos que lidam com a realidade de um dado estatístico segundo o qual 7 em cada 10 habitantes do planeta viverão em cidades até 2050.

Cairo, Istambul, Johanesburgo, Londres, Los Angeles, Cidade do México, Mumbai, São Paulo, Xangai e Tóquio são as metrópoles apresentadas nos diferentes setores da exposição, dividida pelos quesitos tamanho, velocidade, forma, densidade e diversidade.

Um filme chamado "Cidades Globais num Mundo Mutante", da produtora londrina Neutral, introduz o visitante à exposição com uma combinação de fotos aéreas e maquetes em três dimensões, ao mesmo tempo em que apresenta estatísticas como 'um em cada três moradores de cidades atualmente vive em uma favela'.

- A intenção é ativar e criar apelo para o espectador - disse o cineasta Tapio Snellman à Reuters.

Enquadramentos gerados por computador enfatizam a vastidão das cidades apresentadas, sob uma trilha de hip-hop que contribui com o clima urbano, segundo Snellman.

- É uma interpretação criativa, não é para ser realista - afirmou.

Entre as fotos estão 'Favela Paraisópolis', do brasileiro Tuca Vieira, imagem aérea que revela barracos dessa favela paulistana espremidos ao lado dos muros de um condomínio de luxo, com quadras de tênis e uma piscina por andar.

- Estamos fornecendo um instantâneo do atual estado das cidades, ao mesmo tempo em que tentamos defender soluções específicas, muitas vezes de pequena escala, para problemas assombrosos - disse a curadora-consultora Sarah Ichioka.

A exposição, derivada do sucesso de uma instalação apresentada originalmente na Bienal de Veneza em 2006, vai até 27 de agosto, com entrada franca. Até o final de setembro, o mesmo museu realiza também a exposição "The Body of Colour", com obras do brasileiro Hélio Oiticica (1937-80).