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Passarela futurista no Grand Canyon cria polêmica

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REUTERS

EUA - Anciãos indígenas e um ex-astronauta deram os primeiros passos na passarela envolta em vidro, construída a 1.200 metros de altura, sobre o Grand Canyon e que promete oferecer uma paisagem deslumbrante, para os que tiverem coragem.

Buzz Aldrin, 77, que caminhou na Lua, percorreu a passarela de 40 milhões de dólares batizada de Skywalk (caminhada no céu) e construída por uma empresa particular com a permissão da tribo hualapai, cujas terras ancestrais abarcam a remota margem sudoeste do cânion norte-americano.

O projeto alimentou uma polêmica na Reserva Hualapai. Os defensores dele afirmam que a nova passarela criará empregos importantes, mas os críticos argumentam que a obra profana uma região sagrada.

'Eu me senti maravilhosamente bem. Não exatamente flutuando no ar, mas como se mirasse uma visão de esperança para o futuro', afirmou Aldrin, o segundo homem a caminhar na Lua.

Acenando para uma multidão de cerca de mil pessoas, entre as quais turistas, autoridades e membros da tribo indígena, o ex-astronauta caminhou ao redor da passarela transparente a fim de encontrar-se com um grupo de anciãos e crianças hualapai que vinham na direção contrária.

Os poucos passos dados por Aldrin marcaram a inauguração oficial do projeto, que, segundo esperam os entusiastas dele, atrairá cerca de 500 mil turistas pagantes neste ano. A nova obra fica localizada 190 quilômetros a leste de Las Vegas.

A passarela em formato de ferradura estende-se 21 metros para fora do penhasco, oferecendo aos turistas de nervos de aço uma vista do vale do rio Colorado, logo abaixo.

Ela deve ser inaugurada para o público em 28 de março e será necessário pagar 25 dólares para percorrer o arco.