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SP Fashion Week: Simone Nunes começa bem

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Iesa Rodrigues, Agência JB

SÃO PAULO - Vestidos curtos, linha A ou evasês, enfeitados por flores recortadas e bordados coloridos fizeram o desfile encantador de Simone Nunes em sua estréia no evento oficial da moda de São Paulo. Simone já era integrante do grupo que participava do Amni Hot Spot, de onde saíram outros estilistas atualmente em carreira solo.

O amor ao passado, que resgata técnicas e materiais antigos e investe no futuro, com as representações do natural e a imitação do passado - até agora, foi a melhor colocação da semana, que define este contraste de natureza e sintético.

A roupa vista na sala do MAM tem crina de cavalo como acabamento de alfaiataria, um truque tão antigo quanto os pontos de arroz e trançados dos lindos tricôs, alguns com interferiencias de fios de roca. Tantos dados velhos, datados dos anos 60, incluem livros do fotógrafo David Bailey (o homenageado no emblemático fime Blow-up) entre as inspirações, não impedem que o estilo seja quase teen, de tão jovem. Simone ousa reviver até as saias clássicas, pouco acima dos joelhos, em cores severas como o café, companheiras de camisas com estampa de gravataria e cabans em cinza ou marinho. E repito: o resultado vai vestir as garotas recém-saídas da faculdade para os primeiros postos de trabalho. Uma excelente estréia, uma das melhores contribuições para os guarda-roupas de inverno.

Rodapé:

Jóias seguem o caminho inverso. Sempre foram cobiçadas pelas classes mais pobres, os modelos eram criados para as elites e a nobreza. Hoje em dia, designers como Patrícia Saghi olham para a rua, para os movimentos de hiphop, a periferia, para inventar jóias modernas, cobiçadas pelas classes altas. Patrícia trabalha para Claudia Cunha.

Encontro outra estreante, a Eliza Conde, na saída da Maria Bonita. Depois dos elogios ao belo desfile no Fashion Rio, ela responde, toda feliz. "Demorei para começar, mas agora não páro mais".