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SP Fashion Week: Ronaldo fez a China

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Iesa Rodrigues, Agência JB

SÃO PAULO - Uma China vibrante, irônica, colorida, sem traços de fantasia, no

melhor desfile do evento, até agora. Tudo o que a moda contemporânea

quer, estava na passarela do mineiro Ronaldo Fraga. Aliás, uma

passarela dupla, como mesa de refeitório, cercada por quase uma

centena de figurantes vestidos com o uniforme azul de Mao com logos de

marcas famosos impressos nas costas. Entre estes orientais que fingiam

devorar arroz, sentados em almofadas ao longo do roteiro das modelos,

estavam o estilista Jum Nakao e o maquilador Celso Kamura.

Quanto às roupas, eram primorosas versões dos casacos, quimonos,

pantalonas e macacões femininos e das calças e camisas soltas

masculinas, executados em sedas típicas, tiras de seda em roxo e

preto, formando listras e regatas em tom pele, com acabamentos

dourados. Muito coerente com o tema da China, o Taoísmo, as estampas

em espiral significando os ciclos da vida. Mas principalmente, muito

bonito, como estilo e como espetáculo.

No final, saía fumaça dos apliques de tranças nas cabeças das modelos.

Era gelo seco, um último efeito espetacular que arrematou a noite de

Ronaldo Fraga.