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B.B.King faz última turnê e admite: 'Nunca diga nunca mais'

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Reuters

SÃO PAULO - Há mais de 60 anos na estrada, o rei do blues, o americano B.B. King, disse na quarta-feira à noite que está cansado, que os dedos não são mais os mesmos para acariciar a inseparável guitarra e que vai parar com as apresentações internacionais.

Mas o olhar, a fala fácil e os incontáveis elogios às "moças" presentes na coletiva traem o tal cansaço do bluesman.

Para este mito de 81 anos, nascido no Mississipi em plena época da forte segregação racial, o blues é uma coisa só: "Vida", o que explica tudo. E o que leva da carreira? "Os amigos e o calor dos fãs".

B.B. King escolheu o Brasil, onde já esteve sete vezes, para encerrar sua carreira internacional, com quatro shows em São Paulo, que têm início nesta quinta-feira, e mais Curitiba (dia 5) e Rio de Janeiro (dia 7).

Chamada de "The farewell world tour", a turnê mundial de despedida aposenta suas incursões pelo mundo e não elimina, porém, apresentações e gravações em seu país.

- Nunca diga nunca mais - afirmou sobre seu futuro, citando frase do personagem James Bond, dita pelo ator escocês Sean Connery em um dos filmes do agente secreto inglês 007. - Não vou parar completamente, vou tocar até o último dia... espero - disse ele, que em outubro ganhou seu 14° Grammy.

King fez suspense quanto ao repertório que interpretará nos shows brasileiros:

- algumas canções antigas e algumas novas, para atingir mais pessoas, os jovens, seus pais e também os avós.

Mas o público pode ter certeza que terá apresentações eletrizantes ao acompanhar o estilo de um músico que sempre foi fiel ao blues - que, no seu caso, pouco tem da tristeza que a palavra significa.