Jogando um futebol eficiente e pragmático, a França sagrou-se bicampeã mundial ao derrotar a Croácia por 4 a 2 numa partida em que esteve longe de ter jogado bem - sobretudo na primeira etapa -, mas soube construir seu resultado. O treinador Didier Deschamps conseguiu superar o trauma da perda da Eurocopa para Portugal há dois anos e ainda igualou-se ao feito de Zagallo e Beckenbauer tornando-se o terceiro a conquistar uma Copa como jogador e técnico. Destaque para o trio formado pelos jovens e talentosos Griezmann, Mbappé e Pogba.
A partida começou com a tensão de qualquer decisão de Mundial, com as duas equipes muito cautelosas. A Croácia adiantou sua marcação para não dar espaços para que a França usasse de sua maior caraterística, que é o contra-ataque em velocidade, e chegou a ditar o ritmo da partida nos primeiros 15 minutos, Aos 14, por exemplo, Perisic chegou com facilidade pela esquerda e cruzou perigosamente buscando Mandzukic mas a bola foi cortada por Umiti.
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E a França recuperou as ações do jogo aos poucos. Aos 16, Griezmann acionou Mbappé, que chegou com facilidade à linha de fundo, mas a zaga interceptou o cruzamento. E dois minutos depois viria a desafogo. O árbitro argentino Nestor Pitana marcou falta inexistente sobre Griezmann. O camista 7 lançou a bola sobre a área, Varane não acertou o tempo mas a bola desviou no centraoavente Mandzukic, que deixou sua marca na baliza errada. 1 a 0 para os os Bleus.
A vantagem no placar não intimdou a equipe croata, que jogava melhor e mantinha a posse de bola (67% no primeiro tempo) e chegou a trocar o dobro de passes dos franceses.
E o padrão de jogo proposto pelo técnico Zlatko Dalic foi seguido à risca. Aos 28, a Croácia encontou seu gol. Em jogada ensaiada de cobrança de falta, Modric cruza para a beira da área, onde Vrsaljko sobe e escora para o meio. Vida pega a sobra e escora para Perisisc que, da entrada da área, limpa Kanté com o pé direito e chuta forte de esquerda. A bola ainda desvia em levemente em Varane antes de balançar as redes. Na comemoração, o atacante mostrou a coxa com uma bandagem - o atacante saíra contundido na dramática e extenuante semifinal contra a Inglaterra.
O jogador, que teve um início de Copa abaixo das expectativas e subiu muito de produção na fase de mata-mata, passaria de herói a vilão em questão de cinco minutos ao desviar com a mão após escanteio cobrado por Griezmann. Pitana não apita o pênalti de início mas aponta para a marca penal após consulta ao VAR. Aos 38, Griezmann desloca Subasic com categoria, batendo na direita do goleiro.
A Croácia voiltou para o segundo tempo com a mesma disposição e chegou a assustar com um belo chute cruzado de Rebic, que Lloris jogou para escanteio. Mesmo tendo menos posse de bola, a França partiria para decidir os rumos da final nos minutos seguintes. Aos 13, Pogba lancou Mbappé em velocidade pela direita. O camisa 10 cruzou para Griezmann, que dominou e rolou para Pogba. O meia bateu a primeira, de direita, na zaga. Mas pegou o rebote e bateu de esquerda uma bola bem colocada que desmontou Subasic.
Aos 19, o jovem Mbappé mostrou mais uma vez que está nascendo um novo astro no futebol. Recebeu de Hernadéz na entrada da área e mandou um forte chute no canto direito de Subasic. Com o 4 a 1, o camisa 10 francês tornou-se o segundo jogador mais jovem a marcar uma final de Copa - sendo superado por Pelé.
A Croácia jamais se entregou e ainda buscou um gol na disposição de Manduzkic, que diminuiu a frustração com o gol contra da primeira etapa, e se aproveitou da falha grotesca de Lloris, que tentou driblá-lo. 4 a 2. Eram 23 minutos e a Croácia precisava de um milagre para chegar ao título inédito,
Com o placar folgado, a França passou a cadenciar o jogo para fazer o tempo passar e levantar seu segundo trófeu mundial. Já nos descontos, os franceses comemoravam o título antecipadamente.
França: Lloris; Pavard, Varane, Umtiti e Hernández; Pogba, Kanté (Nzonzi), Mbappe, Griezmann e Matuid (Tolisso); Giroud (Fekir).
Croácia: Subasic; Vrsaljko, Lovren, Vida e Strinic (Pjaca); Rakitic, Brozovic, Rebic (Kramaric), Modric e Perisic; Mandzukic. Juiz: Nestor Pitana (Argentina). Cartões Amarelos: Kanté e Hernandéz.