ASSINE
search button

Torcedor russo que beijou repórter colombiana pede desculpa

Compartilhar

Um torcedor russo que beijou e tocou no seio de uma repórter colombiana da rede alemã Deutsche Welle, ao vivo na rua, pediu desculpas nesta sexta-feira (22) e disse que foi uma "brincadeira infeliz" que acabou viralizando nas redes sociais.

"Houve muita agitação em torno desse mal-entendido e dessa brincadeira infeliz, com um beijo no rosto que virou uma agressão sexual", declarou esse torcedor em inglês, em uma mensagem gravada enquanto fazia uma videoconferência com a jornalista que ele beijou e tocou à força, Julieth González Theran.

Ele contou que havia apostado com um amigo que seria capaz de beijar uma repórter, enquanto ela estivesse fazendo uma transmissão ao vivo pela televisão.

Depois de saber que o vídeo ganhou repercussão mundial, o envolvido entrou em contato com a rede Deutsche Welle para se desculpar. A rede alemã, que gravou seu pedido de desculpas à jornalista, disse à AFP que ele "não quis dar seu nome".

"Expresso minhas desculpas mais sinceras. Agi sem pensar e não achava que isso causaria confusão e provocaria esse impacto", declarou o homem diretamente à repórter colombiana.

"O que aconteceu é inaceitável e desrespeitoso, mas (...) aceito suas desculpas", respondeu Julieth.

O episódio do assédio durou segundos e aconteceu na quarta-feira, em Saransk.

A jornalista trabalha no serviço em espanhol da emissora Deutsche Welle e estava fazendo uma entrada ao vivo, quando um homem apareceu de repente, agarrou-a, tocou-a no peito e a beijou no rosto, deixando o lugar rapidamente.

"Agressões desse tipo não são aceitáveis. Todos devemos nos comprometer a que as mulheres jornalistas possam fazer seu trabalho durante os grandes eventos esportivos", reagiu Ines Pohl, editora-chefe da Deutsche Welle, classificando o gesto do torcedor russo de "agressão sexual".

No último ano, o movimento #MeToo, promovido e apoiado por grandes personalidades, denunciou as situações de assédio, ou de violência sexual, às quais as mulheres se veem submetidas em seu exercício profissional.