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Que sonhar seja a regra

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Demorei um pouco para escrever este artigo que, de certo modo, encerra um ciclo muito interessante e desafiador de minha contribuição ao Jornal do Brasil como colunista, às quartas e aos domingos. 

Mais interessante e inusitado é ele estar aqui publicado justamente neste último dia do ano de 2017, olhando com ansiedade e otimismo o 2018 que já já chega. Fechando este ciclo on-line e me preparando para seguir adiante no novo formato impresso do JB, que volta às bancas no final de Fevereiro. 

Sem dúvida, uma das melhores notícias neste final de ano. Saber que teremos novamente em mãos este jornal que faz parte da história do nosso país de maneira tão singular e significativa, e da minha em particular, é sensacional!

Eu e o JB temos uma relação antiga, bem anterior a 2014, quando cheguei. Me recordo das vezes em que corria para chegar bem cedo, na casa onde desempenhava funções de empregada doméstica, para apanhar o jornal do dia anterior — a família era assinante — antes dos garis, e ler as colunas de Fritz Utzeri, Frei Betto e  Leonardo Boff, entre outros.

Hoje, como colunista  e com artigos replicados em vários outros portais e mídias, podendo ser mais uma via na leitura da nossa sociedade e das nossas questões cotidianas, me orgulho imensamente desta parceria. Olhando para essa experiência vivida e que compartilho com muito carinho com vocês por aqui, sendo mulher, negra, oriunda de uma das favelas mais antigas do Rio de Janeiro, espero que soe como um sopro de esperança e potencialize o sentimento de que 2018 será um ano sem igual.

Se dá pra ser otimista em meio a tanto caos, creio que esse trajeto pode e deve animar os mais pessimistas de que dias melhores sempre podem chegar. E que a vida sempre dá essas voltas inesperadas.

* Colunista, Consultora na ONG Asplande e Membro da Rede de Instituições do Borel