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A visibilidade às favelas e o novo Jornal do Brasil 

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Essa semana recebemos a notícia que nosso tradicional JB está em novas mãos e que felizmente está previsto para voltar ao formato tradicional, impresso, nas bancas além de uma repaginação no site e a criação de uma tv online. 

O JB tem em sua história um viés marcado por relatar com verdade e responsabilidade os acontecimentos, levando ao leitor informações confiáveis, tendo um papel histórico importante, sempre em defesa do povo.

Em 2013, fui convidado pelo JB para  lançar a coluna Comunidade em Pauta, um espaço para abrigar as mídias comunitárias, hoje fundamentais na comunicação do país. Lá atrás estávamos começando a escrever e logo chegaram os colegas Walmyr Junior, representando a comunidade da Maré e nossa professora Mônica Francisco, representando o morro do Borel.

Foram alguns anos de escrita e centenas de artigos que tornaram visíveis os problemas e principalmente a importância das favelas, mostrando à sociedade a realidade as favelas na voz de seus próprios moradores.

Chegamos agora em um momento de atualização do JB que seguirá em mãos profissionais e experientes que abrilhantarão ainda mais a memória de todos os mais de 120 anos de história do Jornal. 

Para que o JB se adapte às novidades será preciso um curto espaço de tempo, e por isso meus artigos e dos colegas ficarão um tempo sem entrarem no ar. Mas, continuamos em nossas lutas diárias na busca da redução da desigualdade e na luta pelos direitos sociais em uma sociedade que ainda precisa reconhecer a importância das favelas e de seus moradores, entendendo a favela como parte integrante da cidade. 

Espero estar logo de volta, mas o papel de comunicador comunitário segue em minhas redes.

Até breve!

* Davison Coutinho, morador da Rocinha desde o nascimento. Bacharel em desenho industrial pela PUC-Rio, Mestre em Design pela PUC-Rio, membro da comissão de moradores da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, professor, escritor, designer e liderança comunitária na Comunidade