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É preciso ampliar o debate sobre armar a Guarda Municipal

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Em uma cidade com o Rio de Janeiro, onde vivemos um dos fenômenos mais nefastos de uma sociedade - o fenômeno da bala perdida - aventar a possibilidade de acrescentar mais armas na vida cotidiana é no mínimo um grande equívoco. 

O desejo e a tentativa de parlamentares em armar a Guarda Municipal é sem dúvida temerária. Segurança Pública não é sinônimo de mais armas, é necessário desmistificar isso e aprofundarmos o debate sobre. 

Enquanto assistimos atônitos aos nossos parlamentares atolados em denúncias e, a despeito disso, lutarem por seus próprios interesses, desprezando e desconhecendo qualquer necessidade real dos cidadãos e cidadãs, nos certificamos que esse debate ainda demorará para ser tratado de forma qualificada. 

Nós aqui no Brasil real convivemos com a falta de compromisso do poder público, quando vemos ações como a que vitimou a trabalhadora Marisa Nóbrega, moradora da Cidade de Deus, que morreu após ter levado coronhadas de um policial do Bope(a tropa de elite da polícia militar).

Se acontece isso com aqueles que são treinados e teoricamente deveriam ter um total domínio das suas ações e emoções até em momentos considerados limite, o que esperar ?

É fundamental aprofundar o debate, ampliá-lo e ter muita cautela. Até porque nesse caso, erros se traduzem em perdas de vidas. 

*Colunista, Consultora na ONG Asplande e Membro da Rede de Instituições do Borel