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Mostra de Artes e Cultura “DaMaré”

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Aconteceu neste ultimo sábado, 19 de outubro, a 5ª Mostra de Artes da Maré. . O evento aconteceu no Museu da Maré, na avenida Guilherme Maxwuell, 26. Com apoio da Secretaria do Meio Ambiente, através do projeto de despoluição da Bahia de Guanabara “DaMaré”, a beleza da expressão da juventude que mora nas favelas da maré puderam embelezar ainda mais o nosso bairro.

Uma produção cultural baseada nos “tempos da maré” serviu como tema para a apresentação das crianças, adolescentes e jovens que fazem parte do projeto das oficinas culturais. As oficinas de cultura do projeto artístico favorecem uma integração entre dança, música e teatro. A beleza das apresentações emocionou o público de aproximadamente 500 pessoas que assistiram a Mostra.

Para Antônio Carlos Vieira, Diretor do Museu da Maré, “o resultado positivo é fruto do desenvolvimento social que o projeto proporciona. Aqui temos um envolvimento com as crianças e com suas famílias, assim estimulamos os pais á acompanhar o desenvolvimento dos filhos”.

Para Viviane de lima, mãe de Larissa, seis anos, e lavinha, sete anos, “Os projetos de cultura do Museu da Maré são uma oportunidade para as crianças e jovens da favela se dedicar a alguma coisa que vai ocupar seu tempo” e ela continua “para nós aqui da maré é difícil pagar uma atividade dessas, e ter minhas duas filhas fazendo ballet é uma possibilidade de futuro para elas.”

O projeto “DaMaré” é uma iniciativa da Secretaria de Meio Ambiente para despoluir a Bahia de Guanabara, mas para mudar o meio ambiente é preciso que haja uma mudança de comportamento do morador da maré” garante Thiago Sá, coordenador das 12 oficinas culturais que atende as comunidades da Maré.

O estudante Tiago Garcia, participa do Projeto de teatro á 07 anos. Para ele é gratificante estar ali há tanto tempo, já viu muita gente saindo da rua por causa do projeto e garante: “quero estudar cinema para passar para outras pessoas da favela aquilo que passaram para mim”

Os “tempos da Maré”, temática da Mostra, proporcionaram um resgate histórico das comunidades que moravam nas palafitas. As apresentações lembravam os tempos das crianças que brincavam nos barracos de madeiras, tempo da lata de água na cabeça e dos medos das enchentes e remoções.

A Mostra de Artes da Maré contou com 08 apresentações e arrancou lágrimas e aplausos de muitos, inclusive de mim. Foi mostrando a beleza da nossa gente, que fortalecemos a nossa identidade, e é claro mostrando que na favela o que sobra, não é a violência, mas sim o talento e potencial do nosso povo!