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Visão além do alcance

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A Magic Leap Inc. está em vias de assinar um contrato com o Exército dos EUA para distribuir dispositivos de realidade aumentada para os soldados usarem em missões de combate. A informação vem de documentos do governo e de entrevistas com pessoas familiarizadas com o processo. O contrato, que poderia levar as Forças Armadas a comprar mais de 100 mil fones de ouvido como parte de um programa cujo custo total poderia ultrapassar US$ 500 milhões, visa “aumentar a letalidade com mais capacidade para detectar, decidir e se engajar diante do inimigo”, uma descrição do Exército americano. Um grande contrato governamental poderia alterar o curso da startup que trabalha com realidade aumentada, num momento em que as perspectivas de produzir um dispositivo de consumo permanecem incertas. Segundo o Exército, o objetivo é aumentar a capacidade de rastreio, despacho e antecipação, de ações dos militares.

Aqueles que já experimentaram um fone de ouvido Magic Leap podem ficar intrigados com o interesse do Exército depois de lerem os requisitos técnicos dos produtos da empresa. O dispositivo dificilmente é adequado para os ambientes hostis como os que as Forças Armadas querem enviá-lo. Os planos para uso envolvem missões em florestas, desertos e até no Ártico. Por outro lado, a Magic Leap diz aos seus clientes que é melhor que eles usem apenas seus fones de ouvido dentro de casa.

É possível que a Microsoft também entre nesse jogo, integrando-se à Magic Leap, através de um software na nuvem que será usado para reconhecimento facial pela Agência de Imigração e Alfândega dos EUA. A informação causou alvoroço e foi acompanhada pelo pedido da companhia por novas regulamentações governamentais sobre esse tipo de tecnologia.

Embora a empresa já tenha fechado alguns negócios tanto com o Exército dos EUA quanto com militares israelenses usando o seu dispositivo HoloLens, o negócio irá amadurecer sua atuação num segmento que costuma ser bastante lucrativo. Os militares americanos irão ver e ouvir melhor mas a visão além do alcance, como aconteceu em outras vezes, é da empresa fundada por Bill Gates.

Caixa invisível

Se a Amazon.com continuar com seu plano de abrir três mil lojas sem caixa até 2021, a ideia pode custar até US$ 3 bilhões. A estimativas é de analistas do banco Morgan Stanley. A gigante do e-commerce está analisando de perto o futuro de suas lojas AmazonGo, onde os consumidores usam um smartphone para fazer compras.

A Amazon inaugurou a primeira loja desse tipo perto de sua sede em Seattle em 2016 e, desde então, anunciou dois outros sites em sua cidade natal e um em Chicago. Algumas das lojas oferecem apenas uma seleção limitada de saladas, sanduíches e lanches, enquanto outros têm uma pequena seleção de mantimentos, tornando-se mais semelhante a uma loja de conveniência. O Morgan Stanley classifica as ações da Amazon como uma ação que deve ser comprada. As ações subiram cerca de 1%, para US$1.942,82 às 10h41 em Nova York. Eles ganharam 66% este ano.

Corações da América

Os compradores fazem fila para adquirir o último smartwatch da Apple. A cena poderia ser em qualquer lugar, mas os EUA enfrentam uma espera incerta antes de poderem usar o recurso de eletrocardiograma. O fato chama a atenção das equipes de Marketing do produto. Apenas clientes americanos estão sendo informados de que a funcionalidade será ativada para eles ainda este ano. A Apple nem mesmo promove o recurso em seus sites internacionais e, ao invés disso, concentra-se apenas na ferramenta de análise de frequência cardíaca existente, presente nos modelos anteriores

Na última semana, o comissário Scott Gottlieb, disse em uma entrevista que o órgão regulador dos EUA quer facilitar para que outras empresas sigam a liderança da Apple na integração de produtos como o monitor cardíaco da Apple Watch em novos aparelhos de consumo. “A porta está aberta para qualquer fabricante”, disse ele. Vamos ver se a maçã vai conseguir dar conta dos corações de todo o mundo.