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Minha menina

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Uma singela cartinha começou a circular esses dias entre alguns condomínios da Zona Sul. “Todo o meu calvário, causado por ter sido o responsável por tirar o PT do governo (...) sou inocente e sofro com perseguições e afrontas”, diz Eduardo Cunha, a pretexto de pedir votos para a filha, Danielle, candidata a deputada federal. Curioso é que a querida filha só é citada no oitavo dos 13 parágrafos do texto repleto de rancores e citações bíblicas. “Peço com muita súplica o seu voto, como se fosse em mim”. Fabio Silva, filho de seu padrinho político Francisco da Silva, falecido dono da Rádio Melodia, é chamado de ingrato na missiva, entre as várias passagens bíblicas do tipo “não te deixes vencer do mal, mas vencer o mal com o bem”. A carta é acompanhada de material de campanha, com um pedido para que seja repassado. Eduardo Cunha foi preso em 2016 por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e violação de sigilo funcional. Eleger a filha significa muito mais do que sua sobrevivência política.

Fosfosol
Eduardo Paes teve um lapso de memória, ontem, na entrevista à CBN. Quando questionado sobre a presença do (P) MDB em sua chapa, disse que “essa turma que está na cadeia não tinha entrada no meu governo”. Deve ter esquecido que Marco Antônio Cabral foi seu assessor de gabinete e Rafael Picciani, seu secretário de Transportes. Esse negócio de campanha eleitoral deixa qualquer um doidinho.

Tempo quente
Não convidem para o mesmo chope na Praça São Salvador o Professor Tarcísio e o ex-secretário Rodrigo Bethlem, hoje aliado de Romário. Bethlem ficou uma arara com as acusações que Tarcísio fez a ele no último debate entre os candidatos e anunciou que vai processá-lo. “Ele inventou uma acusação”, diz Rodrigo. “Nunca sofri qualquer acusação de desviar dinheiro do Bolsa Família”.

Marielle presente
Cesar Oiticica Filho inaugura sábado nos jardins do MAM a obra “É tudo verdade”. Criada em parceria com Carlo Cirenze, é um conjunto de velas de lona de nove metros de altura e seis de largura, onde estarão estampados rostos de nomes como Zumbi dos Palmares, Francisco José do Nascimento (o Dragão do Mar) e Marielle Franco.

Não colou
A Justiça do Rio negou o exame de sanidade mental pedido por Marcelo Cavalcanti Gomes, que ateou fogo em Jefferson Quintanilha de Souza, porteiro em Teresópolis. De acordo com o juiz Orlando Feitosa, não há nada no processo que sugira a insanidade de Marcelo. Em julho, foi acrescentado na denúncia o motivo fútil para o crime, que seria a desconfiança de que Jefferson tivesse um caso com sua companheira. A primeira audiência do caso está marcada para o dia 5 de dezembro.

The Economist
A Livraria da Travessa se rendeu aos altos índices de Jair Bolsonaro das pesquisas e nas polêmicas. Na filial da rua Sete de Setembro, n Centro do Rio, a obra “Bolsonaro, o homem que peitou o exército e desafia democracia”, do jornalista Clóvis Saint-Clair, passou de um lugar discreto para a vitrine da loja, em lugar nobre.

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LANCE LIVRE

A Secretaria de Cultura e o organizador Milton Guran lançam o livro “Roteiro da Herança Africana no Rio de Janeiro”, de Eduardo Silva, Keila Grimberg e outros 11 colaboradores, sábado, na livraria Folha Seca. A Fisenge comemora seu jubileu de prata hoje, com o simpósio “A engenharia, as eleições e o desenvolvimento do Brasil”, no Clube de Engenharia, com Paulo Nogueira Batista Jr, Celso Amorim e Clemente Ganz Lucio. Especialista em educação, o jornalista Antonio Gois, fala hoje, no Seminário Direitos Humanos, no CCJF.