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O brinquedo de Dilma e Lula

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A inauguração do teleférico do Complexo do Alemão,  que custou a bagatela de R$ 210 milhões, foi inaugurada (quinta-feira da semana passada) pela presidente Dilma Rousseff, pelo governador do Rio, Sérgio Cabral, e pelo prefeito Eduardo Paes, e a parir de então está aberto para o distinto público e de graça durante três meses, quando a tarifa será de modesto R$ 1.

 Mas, se a presidente Dilma é festeira, o grande homenageado foi o ausente ex-presidente Lula, citado por todos os oradores.

Citado por todos os oradores, foi o grande ausente. O teste de popularidade certamente foi degustado por Lula como um sorvete de chocolate.

A presidente Dilma que aparece na foto quando saía de uma das gôndolas após uma viagem de teste, puxou o cordão das homenagens.

Com modéstia, foi perfeita: “Nós todos sabemos que aqui falta uma pessoa. Falta o Lula que não colocou apenas recursos financeiros aqui. Ele colocou também o carinho, o respeito e a esperança de que este país pode ser diferente”.

Repetindo o gesto de Lula na última semana do seu mandato, Dilma também testou a viagem numa das 152 gôndolas do sistema.

A presidente e o governador embarcaram na estação de Bonsucesso, onde o sistema se integra à linha férrea, e seguiram até a estação do Alemão.

Com atraso de duas horas Dilma  e Cabral chegaram à estação do Morro do Adeus.

É claro, como a água da fonte, que toda e qualquer inauguração é também um comício eleitoral. A presidente Dilma cuida sua reeleição.

Mas, faz parte do jogo, quando é bem disputado. Obras eleitoreiras começam mas são interrompidas depois de cada eleição em que a oposição eleja os sucessores do presidente, do governador e do prefeito.

E não teria sentido censurar o que está correto. Se há suspeita do desvio de verbas, de superfaturamento, já é caso de polícia.

Obras úteis, necessárias, rendem votos. Os votos limpos da gratidão do eleitor.