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Google promete recorrer contra multa bilionária da UE

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O Google rebateu nesta quarta-feira (18) as acusações da União Europeia de que teria forçado fabricantes de smartphones a pré-instalarem sua ferramenta de busca e a deixa-la como exclusiva nos aparelhos Android. Por meio de um porta-voz, a empresa disse que recorrerá da multa de 4,3 bilhões de euros anunciada pela UE. "O Android criou mais escolha para todos, não menos: um ecossistema florescente, inovação rápida e preços mais baixos são características clássicas de uma forte concorrência", afirmou.    

Já o CEO do Google, Sundar Pichai, insinuou que a decisão de Bruxelas pode levar a companhia a cobrar pelo uso do Android.  "Até agora, o modelo de negócios do Android fez com que não tivéssemos de cobrar dos produtores, mas estamos preocupados que a decisão de hoje possa perturbar o equilíbrio alcançado com o Android e que envie um sinal preocupante em favor dos sistemas fechados", escreveu o executivo em uma longa mensagem, em clara referência à Apple, também já punida pela UE, mas por questões tributárias.    No passado, a União Europeia já tinha multado o Google em 2,4 bilhões de euros por ter favorecido seu serviço de comparação de preços, o Google Shopping. Desta vez, a empresa teria obrigado fabricantes, como Samsung e Huawei, a priorizarem sua ferramenta de buscas.    

Segundo a UE, que deu 90 dias para a empresa se adequar, o Android foi usado como um veículo para consolidar seu domínio em motores de busca, prática que "negou aos rivais a possibilidade de inovar e competir" em condições de igualdade. O Google, diz Bruxelas, teria exigido que produtores instalassem o Google Search e o navegador Chrome como condição para fornecer a licença da Play Store.