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Encontrado na Argentina fóssil de urso gigante do Pleistoceno

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O crânio e a mandíbula de um urso gigante que data do final do Pleistoceno foi descoberto em um sítio paleontológico ao noroeste da província de Buenos Aires, informou nesta quarta-feira (14) uma agência universitária de divulgação científica.

"Encontrar um carnívoro já é uma descoberta extraordinária porque sempre estão em menor número nos ecossistemas. E entre os carnívoros, os ursos não são formas encontradas com frequência, e menos ainda um crânio completo com mandíbula como se encontrou agora em Junín (270 km ao noroeste)", explicou o paleontólogo Leopoldo Soibelzon, pesquisador do Museu de La Plata.

Soibelzon destacou a descoberta de um crânio completo com mandíbula porque "o mais comum é encontrar um dente, um canino, uma falange, um pedaço de osso longo".

Segundo um comunicado da Agência de Divulgação Científica da Universidade de La Matanza, trata-se de um urso pertencente ao gênero Arectotherium.

"Este material de Junín corresponde provavelmente ao Pleistoceno Superior, com uma antiguidade que não ultrapassa 120.000 anos, enquanto os ursos gigantes de maior tamanho existiram na América do Sul durante o Pleistoceno Inferior, há um milhão de anos", explicou o paleontólogo.

O maior exemplar de urso de que se tem conhecimento pertence à espécie Arctotherium angustidens, um carnívoro-onívoro que viveu há 780.000 anos e foi descoberto na cidade argentina de La Plata (60 km ao sul), segundo o comunicado.

Embora desde meados do Pleistoceno os ursos tenham ido diminuído de tamanho, "em comparação com o tamanho dos ursos atuais este exemplar de Junín também era gigantesco", afirmou Soibelzon.