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Manuscrito antigo do mar Morto revela rituais dos primeiros cristãos

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Especialistas em estudos bíblicos da Universidade de Haifa, Israel, conseguiram decifrar o conteúdo de um dos manuscritos antigos do mar Morto. A descoberta foi comunicada pela universidade em seu site.

De acordo com os historiadores, o texto decifrado contém o calendário de 364 dias dos essênios, um grupo asceta judaico antigo. Vale destacar que o manuscrito, entre outras coisas, descreve duas festas que não são mencionadas na Bíblia. Trata-se dos Dias do Novo Vinho e do Novo Óleo, festejados após a Festa da Colheita. 

"De acordo com o calendário, a Festa da Colheita vem 50 dias depois do primeiro sábado após o Pessach; depois de 50 dias, é celebrada a Festa do Novo Vinho; após outros 50 dias, vem a festa do Novo Óleo", se lê no manuscrito.

De acordo com os pesquisadores, o texto foi escrito por um líder do grupo, que conhecia a cifra secreta, mas que se esqueceu de mencionar várias festas. Então, outro escriba precisou corrigir os erros, acrescentando datas necessárias nas entrelinhas do texto. 

Os manuscritos do mar Morto, encontrado em cavernas de Qumran, descrevem a vida cotidiana e as crenças dos essênios e contêm informações únicas sobre a vida dos primeiros cristãos, fragmentos do Evangelho e cenas originais da mitologia hebraica. Os 900 manuscritos encontrados no total são datados do período entre III a. C. e I d.C. 

Os essênios eram uma seita judaica que surgiu no II a.C. Primeiro, os integrantes do movimento viviam nas cidades e aldeias da Judeia, depois fundaram as próprias colônias no noroeste do mar Morto.

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