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'Bloomberg': Wall Street escala programadores para negociar ativos

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Matéria publicada nesta sexta-feira (20) pela Bloomberg conta que o Goldman Sachs Group se deu conta de que tinha um problema. Por anos, o banco de investimento recrutou os melhores programadores para auxiliar seu exército de profissionais a executar com software as estratégias de negociação de instrumentos financeiros. Esse papel ganha ainda mais relevância na era da automação. No entanto, os gurus de tecnologia que criariam o futuro frequentemente pediam as contas, enquanto os traders ficavam.

A solução do banco: registrar os programadores como traders plenos e ceder a eles o controle das mesas de negociação, afirma Bloomberg. A decisão já sinaliza quem comandará a divisão de negociação de instrumentos financeiros por décadas adiante, acrescenta o noticiário.

Bloomberg observa que enquanto se preparam para lançar novas tecnologias, executivos experientes de Wall Street — incluindo Adam Korn, do Goldman, e Cathy Bessant, do Bank of America – estão tomando medidas que terão implicações substanciais sobre o tamanho e formato da força de trabalho do setor. 

Por um lado, avalia Bloomberg, inteligência artificial e outras novidades impulsionarão a carreira de pessoas com habilidades avançadas. Por outro, os gestores apenas começaram a entender como ajudar as pessoas com formação tradicional em finanças a acompanhar tudo isso – se possível.

Para Bloomberg poucas funções em finanças serão preservadas, pois as instituições estão construindo sistemas de informática capazes de cuidar de tarefas rotineiras, negociação de ativos e até dos investimentos.

“A tecnologia será parte importante do trabalho das pessoas”, disse Vasant Dhar, professor da Faculdade de Administração Stern, da Universidade de Nova York. 

“Quem faz as coisas do jeito tradicional – sem procurar maneiras mais eficientes ou que não incorporam a tecnologia eficazmente – tudo isso será desvantagem.”

No Goldman Sachs, os programadores ganharam importância há anos, mas a mudança está mais acelerada, e o banco está contratando mais pessoas com formação quantitativa e em tecnologia, indica o noticiário.

>> Bloomberg