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Equipamento permite uma nova forma de estudar anatomia

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Uma mesa de anatomia virtual onde se pode dissecar um cadáver com infinitos cortes, sem danificá-lo, sem cheiro de formol e com uma visibilidade completa do corpo humano, permitindo correlacionar todos os sistemas. Essa é a Anatomage Table, equipamento que apresenta a anatomia humana mais precisa, com vários modelos de segmentação e com capacidade de inserir inúmeros novos dados, como casos clínicos de pacientes.

Segundo Milene Couras, do setor de Comunicação do Departamento de Medicina da  PUC-Rio, a universidade foi a primeira instituição a adquirir a Mesa na América Latina, em 2013, e hoje conta com um novo modelo, mais moderno, recém-chegado da Califórnia. Alunos e pesquisadores que já tiveram contato com a Anatomage se encantaram com as muitas possibilidades de manipulação dos cadáveres e dos órgãos separadamente. 

Milene explica também, que as imagens podem ser ampliadas e reduzidas, utilizando dois dedos, da mesma maneira que é feito na tela de um celular ou tablet. Os sistemas orgânicos, as partes anatômicas, as regiões corporais, em qualquer arranjo que se escolha, podem ser seccionados (“dissecados”) em todos os eixos espaciais anatômicos, separada ou combinadamente. Toda e qualquer imagem selecionada e manipulada pode ser girada, em todas as direções e sentidos de orientação espacial.

Todas essas manipulações citadas podem ser modificadas dinamicamente, deslizando-se o controle ao longo das estruturas corporais, em seus diferentes eixos de orientação espacial. Diferentes texturas imagéticas podem ser selecionadas, tais como imagens radiológicas virtuais, correspondentes a exames reais, com a possibilidade de superposição a imagens coloridas das próprias estruturas anatômicas subjacentes ou adjacentes.

A mesa possui 1.400 dados clínicos sobre diferentes patologias com todas as informações correspondentes a um prontuário médico e/ou de qualquer outra área profissional da saúde, podendo ser apresentados simultaneamente, caso o objetivo seja realizar comparações. É possível ainda inserir novos casos clínicos desenvolvidos pelos próprios docentes, ou até mesmo pelos discentes, de acordo com a necessidade de ensino-aprendizagem. 

Imagens de exames imagenológicos de pacientes reais, obtidas por radiografia, tomografia, ou ressonância magnética, podem ser adicionadas digitalmente por arquivos externos à mesa, e interagirem com todas as imagens que esta disponibiliza.

Todos esses recursos podem fornecer apoio ao estudo e ao processo de tomada de decisão das atividades clínicas, abrangendo desde o processo diagnóstico ao planejamento de procedimentos, clínicos e cirúrgicos.

Deste modo, possibilita apoiar atividades de ensino-aprendizagem, diversificadas tanto em relação aos temas de saúde quanto aos níveis de conhecimento dos estudantes, desde o primeiro ano da formação profissional até o último. Numa perspectiva de educação permanente e aprimoramento contínuo, permite também apoiar tecnologicamente atividades colaborativas de equipes multiprofissionais de saúde, em diferentes ambientes de prática.