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HPV: vacinas têm baixa procura no Estado do Rio

Imunizantes distribuídos em 2017 equivalem a 10% do total do ano passado

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A atualização da caderneta de vacinação de adolescentes é o objetivo da campanha que terá neste sábado (1/7) o Dia D para a mobilização de postos de saúde em todo o Rio de Janeiro. Entre os imunizantes disponibilizados nas unidades, está a vacina contra o vírus HPV, cuja procura tem sido baixa em todo o país. Além desta, imunizantes contra Meningocócica C e Hepatite B também serão disponibilizados, assim como as vacinas dupla adulto (contra difteria e tétano) e tríplice viral SCR (contra sarampo, caxumba e rubéola). 

Além de ressaltar a importância de manter em dia a caderneta de vacinação nesta faixa etária como forma de prevenção, a campanha de atualização busca chamar a atenção para a baixa procura pela vacina contra o vírus HPV: em 2016, a Secretaria de Saúde distribuiu cerca de 354 mil doses do imunizante para os 92 municípios. Já este ano, até o mês de maio, foram apenas 34,5 mil doses – cerca de 10%. Com a baixa procura, os municípios não fizeram pedidos de reposição de lotes, uma vez que os postos de saúde não vêm registrando demanda para a vacina. 

– A resistência que ainda se observa quando se analisa a vacinação contra o HPV no país se deve, principalmente, à falta de informação. A vacina é segura e importante para o futuro dos nossos jovens. Em tese, como qualquer imunizante, quanto antes for aplicado, melhor será a resposta imunológica. Como é permitida a partir dos 9 anos para meninas e a partir dos 11 anos para os meninos, é essencial que os pais tenham consciência de que esta é uma proteção a ser adotada agora para a segurança dos filhos no futuro – destacou o secretário de Saúde, Luiz Antonio Teixeira Jr. 

Nos últimos dias, o Ministério da Saúde anunciou a ampliação da faixa etária para a vacinação entre os meninos: a indicação agora é para que os meninos sejam vacinados a partir dos 11 anos até os 15 anos incompletos. Já as meninas podem ser imunizadas mais cedo, a partir dos 9 anos, até os 15 anos incompletos. A vacina deve ser tomada em duas doses, com intervalo mínimo de seis meses e máximo de um ano entre elas. 

– Trata-se de uma vacina segura e eficiente, produzida a partir de uma proteína que “imita” o vírus, ou seja, age como ele, mas sem levar seu DNA. Informações disseminadas sem qualquer base confiável podem causar sérios danos à saúde pública. A imunização é uma atitude importante para a saúde de toda a sociedade e não pode ser observada apenas sob o ponto de vista da proteção individual – reforçou o subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe. 

Proteção 

A vacina contra o HPV é tida por especialistas como uma medida extremamente eficaz de prevenção ao desenvolvimento de diferentes tipos de câncer. No Brasil, estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que mais de 16 mil novos casos de câncer de colo de útero devem ser registrados: na maioria deles, a principal causa será o vírus HPV, que pode causar ainda câncer de pênis, ânus e garganta.