Matéria publicada nesta quinta-feira (24) pelo The Guardian analisa a tecnologia digital sendo utilizada pelos governos em favorecimento da democracia. As preocupações estão crescendo em plataformas como Facebook e Twitter que auxiliam a criação de grupos, espalhando notícias muitas vezes falsas, e colocando debates políticos ao alcance de todos. No entanto, existe uma perspectiva mais positiva.
Segundo a reportagem em todo o mundo, os países têm experimentado um novo conjunto de ferramentas digitais especificamente concebido para envolver os cidadãos de forma mais significativa. Ferramentas que os notificam quando os assuntos que lhes interessam são discutidos no parlamento. Ferramentas que permitem expor suas próprias ideias, debater as alheias e possibilita o cidadão dar uma palavra sobre como os orçamentos locais são gastos e como as leis são elaboradas. Embora seja algo recente, vários projetos estão produzindo resultados significantes.
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Guardian conta que na Islândia, 'Better Reykjavik' foi lançado em 2010 como uma colaboração entre o governo local e uma organização, para que os cidadãos pudessem sugerir, debater e classificar ideias para melhorar a sua cidade. Com a oportunidade de votar em propostas específicas, eles têm o poder de tomar decisões reais sobre como os recursos locais são gastos e alocados.
Enquanto isso, o parlamento brasileiro criou o "e-Democracia", um portal online que permite que as pessoas contribuam para os debates parlamentares. Funcionários do governo são designados para responder a perguntas, explicar tópicos difíceis e criar uma ponte entre as contribuições dos usuários e os processos parlamentares. Outra etapa inovadora foi a criação de um "HackerLab", onde codificadores voluntários podem aplicar suas habilidades para visualizar dados legislativos de formas mais atraentes para o público.
Ferramentas digitais também podem complementar formas mais tradicionais de engajamento. A plataforma Decidim.Barcelona do Conselho de Barcelona resume as consultas realizadas durante as reuniões presenciais organizadas em toda a cidade, bem como as submetidas online, tornando todo o processo mais acessível, coerente e transparente para todos, descreve o diário britânico.