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Pelo 3º ano consecutivo, temperatura global bate recorde

2016 foi o ano mais quente da história desde 1880

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O ano de 2016 bateu o recorde de ano mais quente desde 1880, quando foram feitos os primeiros registros, informaram nesta quarta-feira (18) cientistas na Nasa e da Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (Noaa, na sigla em inglês).    

Segundo a Noaa, a média da temperatura da superfície da Terra ficou em 0,94ºC acima da média registrada no século 20, de 13,9%. Em 2015, o recorde foi de 0,04º C a mais na temperatura. Desde o século 20 o recorde anual de temperatura global foi quebrado cinco vezes: 2005, 2010, 2014, 2015 e 2016. Este é o terceiro ano consecutivo em que o recorde é quebrado.    

"Muito do calor recorde sentido no planeta pode ser atribuído ao aumento das temperaturas nos oceanos", diz o documento se referindo aos efeitos do El Niño, fenômeno caracterizado pela elevada temperatura das águas do oceano Pacífico, sobretudo nos primeiros meses de 2016. Durante o ano de 2016, os meses de janeiro a abril, junho, julho e agosto, estão entre os 12 meses mais quentes em 137 anos. De acordo com a Nasa, "as temperaturas estão atingindo níveis que podem ameaçar nossa civilização".    

No ano passado, também entrou em vigor o Acordo de Paris, que é o primeiro contra as mudanças climáticas e envolve todo o planeta. O acordo tem o objetivo de limitar o aquecimento global a menos de 2ºC acima da temperatura média.    

Os dados foram divulgados próximo a data em que o republicano Donald Trump assumirá a maior potência mundial, os Estados Unido. Considerado cético, Trump questiona se a mudança climática tem uma causa humana. Itália Segundo dados da Confederação Nacional dos Cultivadores Diretos (Coldiretti) baseados no Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá (NRC, na sigla em inglês), no ano de 2016, a Itália ficou em quarto lugar entre os países mais quentes, com uma temperatura de 1,24 graus mais alto que a média para o período.    

"Estamos enfrentando os efeitos da mudança climática, que se manifestam com um forte impacto sobre a agricultura italiana", disse a Coldiretti em comunicado.