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Documentário mostra projeto que ajuda mastectomizadas

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Arte, amizade e superação são as protagonistas do documentário Amigas do Peito: Redes de Afetos no Cuidado, produzido pelo Ministério da Saúde com o grupo de pacientes do Hospital Federal Cardoso Fontes (HFCF), Jacarepaguá, zona oeste da capital fluminense. O filme foi lançado nesta quarta-feira (19) no núcleo estadual do ministério no Rio de Janeiro.

O filme registra a rotina das pacientes no projeto Amigas do Peito, criado há dez anos por profissionais de saúde do hospital, que já atendeu dezenas de mulheres mastectomizadas.  Ao longo dos encontros as mulheres trocam informações, visitam outras pacientes que vão passar por cirurgia, mostrando como fica a vida após a retirada da mama.  A missão do grupo é acolher e enfrentar as emoções de pacientes que sofreram alguma intervenção cirúrgica em decorrência do câncer de mama. As pacientes tem o apoio de uma equipe multidisciplinar, composta por ginecologista, psicóloga, fisioterapeuta, nutricionista, enfermeira e assistente social.

Angela Borges de Oliveira e Silva é uma das pacientes e personagens do documentário. “Foi uma oportunidade de falar da importância do auto-exame na prevenção e de que, mesmo com a doença, a vida continua e precisamos nos tratar”. Integrante do grupo Amigas do Peito, ela descobriu que tinha câncer de mama em janeiro de 2014 e fez a mastectomia três meses depois. “Participar desse projeto ajudou a esquecer que temos a doença e viver com mais alegria”.

Funcionária aposentada do hospital, Maria Avelina de Araújo colabora como voluntária com o grupo desde 2010 com oficinas de arte-terapia e artesanato. “Quando me aposentei queria usar um pouco do meu tempo ocioso para ajudar o outro e estou no grupo até hoje. É uma alegria só, uma manhã tranquila em que esquecemos dos problemas, mas quando alguém tem um problema todas buscam levantar o astral daquela pessoa”.

Para a chefe da divisão de gestão administrativa do núcleo do hospital, Lídia Fernandes, o documentário mostra que através da arte é possível tratar a prevenção de doenças e muitas vezes despertar a medicação. “Por meio da arte é possível tratar de problemas como depressão, por exemplo. E o cenário dessa história é o Sistema Único de Saúde [SUS], que está dando a possibilidade de propiciar uma história bonita de atenção à saúde”.

O diretor de gestão dos departamentos dos hospitais federais no Rio de Janeiro, Jair Veiga, espera que o documentário inspire outras unidades. “Queremos passar essa experiência exitosa desenvolvida dentro do SUS há mais de dez anos no Cardoso Fontes e expandir para toda a rede federal do Rio de Janeiro”, disse.

O  documentário pode ser visto aqui