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Epilepsia: como lidar?

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Se você encontrar alguém tendo um ataque epilético no meio da rua, saberia como agir? “É importante manter-se calmo, posicionar a pessoa de lado com a cabeça alinhada ao corpo, sem tocar a boca no chão, e chamar o socorro médico”. A orientação é do Dr. Tiago Sowmy, neurologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos. A epilepsia é uma doença que afeta o sistema nervoso central e atinge cerca de 1% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde.

Existem diversas manifestações desta doença, não sendo possível afirmar que há apenas uma causa. Isso mostra a necessidade de realizar uma investigação apropriada. “A doença não se mostra da mesma maneira para todos os pacientes, as crises podem ter maior ou menor recorrência, podendo ocorrer inclusive períodos de remissão prolongada. Desta forma, é importante o paciente ser acompanhado por um médico”, esclarece Sowmy.

Para quem não conhece a doença, a crise é chocante e, devido a sua dramaticidade, acaba por sustentar alguns mitos populares. “Quando nos deparamos com uma situação dessas é importante saber que o ataque epilético é, geralmente, autolimitado, dura entre dois e cinco minutos. Além disso, é falso o dito popular que há risco de pegar a doença se houver contato com a saliva de quem está tendo uma crise”, reforça o médico.

Os portadores de epilepsia conviverão com a doença por toda a vida. O acompanhamento médico regular e o uso de medicamentos da forma correta inibem os sintomas e proporcionam uma vida normal ao portador da disfunção. “Se o paciente fizer uso correto do remédio, tomando os comprimidos nos horários determinados com acompanhamento regular, ele terá uma vida normal”, afirma.

Por se tratar de uma doença que não tem época ou idade para se manifestar, o conselho é consultar um profissional se houver ataques, espasmos ou esquecimentos frequentemente.