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Psicóloga Fernanda Reis lança o livro 'Humanização na Saúde'

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“Humanização na Saúde”. Este é o título do primeiro livro escrito pela psicóloga Fernanda Reis. A obra aborda a humanização, em todas as suas vertentes, nas instituições voltadas aos cuidados da saúde, como questão prioritária para o tratamento do doente. A autora atribui grande relevância às relações interpessoais entre médicos e pacientes, especificando as necessidades das faixas etárias do desenvolvimento humano: infância, adolescência, adulta e velhice. Fernanda Reis associa as informações originadas em pesquisas e dados estatísticos, imprimindo pessoalidade ao descrever algumas situações vivenciadas ao longo de sua experiência como psicóloga hospitalar e coordenadora do Projeto de Humanização no Hospital Memorial FuadChidid, no Rio de Janeiro. Sua obra destaca a importância da prática médica, bem como os meios diagnósticos disponibilizados à população. Entretanto, deixa bem claro a precariedade das relações dos profissionais da Saúde, que margeia o limite da inconsistência dos sentimentos. O paciente, enquanto pessoa com necessidades sociais, emocionais e psicológicas, nos remete, a todo tempo à fragilidade do ser humano no que toca à carência de atenção e carinho. Não querem apenas o cuidado com a doença para que ela não evolua, querem a cura e se sentir acolhidos. Um tratamento completo.

“Aponto o indivíduo como foco central do atendimento. A discussão sobre o processo de humanização na saúde ganhou força novamente no início do século XXI. Essa questão da importância do ser humano é um regaste a ideologias propagadas no final do século XIX e início do século XX, que ganharam nova roupagem e se tornaram tendência no quesito atendimento. É preciso que toda a equipe hospitalar esteja inserida nesse contexto de humanização. Entender que todos somos seres humanos e necessitamos de atenção e cuidados. Entender que cada indivíduo é único, e por isso as experiências trazem sentimentos singulares”, diz Fernanda.  

A motivação para escrever o livro veio da experiência clínica e pessoal da psicóloga. Fernanda passou a receber alguns pacientes que relatavam sentimentos negativos sobre o período da internação, do descaso da equipe,da solidão vivência da nessa temporada, agravada pela indiferença dos profissionais. Além disso, Fernanda Reis conta sua própria experiência de um parto prematuro e pôde observar o carinho e a indiferença de alguns enfermeiros no tratamento com as mães na UTI.

A reunião de todo esse material é resultado do conhecimento de Fernanda como psicóloga desde 1987, graduada pela Universidade Santa Úrsula. Durante seu trabalho ambulatorial em um hospital no Rio de Janeiro, a psicóloga percebeu que os pacientes eram tratados de forma desumana no atendimento inicial na recepção e que isto agravava o estado de fragilidade do sujeito adoentado. E assim nasceu o projeto de Humanização na Saúde, para modificar o tratamento dos profissionais do ambiente hospitalar para com os pacientes. O trabalho de Fernanda Reis destaca-se também em sua abordagem como psiconeuroimunologista no consultório com excelentes resultados alcançados na melhoria da saúde do corpo e da mente, levando o paciente que chega com uma doença autoimune a preparar-se para enfrentar e reequilibrar o seu sistema imunológico É membro do CREAS – Centro Especializado de Assistência Social - uma unidade pública estatal responsável pela oferta de orientação e apoio especializados e continuados a indivíduos e famílias com seus direitos violados.

Além disso, a psicóloga está à frente da Acerte Cursos, Treinamento e Desenvolvimento, empresa especializada em recrutamento e seleção profissional e no desenvolvimento de competências humanas. A psicóloga vem sendo contratada para palestrar e implementar sua prática em clínicas e hospitais: “O meu trabalho na Acerte é preparar , treinar e capacitar os profissionais para um atendimento melhor, principalmente, na área de saúde. O cliente de uma instituição de saúde espera ser acolhido na porta de entrada, na recepção de um hospital ou clínica. O que significa que as atitudes desses profissionais tem de ser de cortesia sem perder a agilidade necessária.”, diz a psicóloga.