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'Les Echos': Zika pode atingir 100 mi no mundo, mas Brasil encabeça lista de mais afetados

Matéria diz que milhares de bebês podem nascer com má formação por causa do vírus

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Matéria publicada neste segunda-feira (25) no jornal francês Les Echos conta que no total, 93,4 milhões de pessoas podem ser infectadas pelo surto de zika, de acordo com um estudo da revista Nature Microbiologia.

Dezenas de milhares de bebês poderiam nascer com deformidades como microcefalia devido à epidemia de Zika na América Latina e no Caribe, de acordo com o estudo da revista Nature Microbiology.

No pior dos cenários, 1,65 milhões de mulheres grávidas podem contrair o vírus durante o surto, de acordo com os autores deste estudo. No total, 93,4 milhões de pessoas podem ser infectadas no surto, segundo a publicação.

> > A cause de Zika, des "dizaines de milliers" de bébés pourraient naître avec des malformations

Nenhuma vacina

Em 80% dos casos, a infecção é facilmente tratável ou pode até passar despercebida, mas os autores da pesquisas dizem que não existe atualmente nenhuma vacina ou tratamento específico. Além da microcefalia no feto em alguns casos, o vírus pode causar sérios danos neurológicos, especialmente a síndrome de Guillain-Barré (GBS), que requer assistência médica extensiva. Mas o risco, se houver, é pequeno.

Incertezas

As previsões do estudo mostram enorme incerteza. Segundo seus cálculos, com 37,4 milhões de infecções, o Brasil encabeça a lista de países afetados na região, à frente do México (14,9 milhões) e Venezuela (7,4 milhões), por conta do seu tamanho e condições para a transmissão do vírus (temperatura ...). 

Pesquisas recentes sugerem que até 29% dos bebês de mães infectadas desenvolvem problemas e se isto for confirmado, mais de meio milhão de crianças na América Latina poderiam eventualmente ser afetadas.

Propagação em massa nas Américas

Zika se espalhou rapidamente em 2015 na América do Sul e Caribe. A Organização Mundial de Saúde (OMS) já havia alertado há meses que se esperava uma epidemia nas Américas, com 3 a 4 milhões de casos neste ano.

A epidemia deve ser extinto na América Latina

O surto atual de Zika deve ser extinto dentro de dois a três anos na América Latina, pela estimativa da revista inglesa Science. Outra grande epidemia não deve ocorrer em  pelo menos dez anos, o tempo necessário para o aparecimento de uma nova geração de pessoas que não tenham sido expostas ao vírus e, por conseguinte, não são imunes.