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Dia 25 de maio é o dia Internacional da Tireoide 

Tire 5 dúvidas sobre o hipotireoidismo

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Dia 25 de maio é o Dia Internacional da Tireoide, e uma das doenças mais comuns da glândula é o hipotireoidismo, mas você conhece a doença? Sabe os seus sintomas? O hipotireoidismo é uma disfunção causada na maioria dos casos por uma doença auto-imune que afeta a glândula tireoide denominada, tireoidite de Hashimoto. Essa glândula está localizada na região anterior do pescoço, ao redor da traqueia, em forma de borboleta e com 15ml, bem pequenininha.  

Abaixo, Pedro Assed, Medico colaborador do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia - IEDE-RJ e Pesquisador do Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares - GOTA-IEDE-PUC-Rio,  esclarece cinco principais dúvidas sobre o hipotireoidismo.

1 - Hipotireoidismo e câncer na tireóide são a mesma coisa?

Não. O câncer de tireóide surge em 100% dos casos a partir de um nódulo tireoideano. O paciente que tem hipotireoidismo pode apresentar nódulo, e este pode vir a se tornar um câncer de tireóide.Na maioria dos casos o câncer de tireóide assim como o hipotireoidismo podem não apresentar sintomas clinicamente perceptíveis, e levarem certo tempo até serem diagnosticados.

2- É regra apresentar  nódulo na tireóide  quando se tem hipotireoidismo?

Não. O hipotireoidismo não obrigatoriamente deve ser associado a presença de nódulo tireoideano. É importante frisar que o hipotireoidismo é uma doença funcional da glândula, de alteração para baixo da produção normal dos hormônios da glândula tireóide. Outra coisa são os nódulos tireoideanos que são alterações estruturais da tireóide, que tem curso geralmente lento e benigno na maior parte dos casos, e que nem sempre está associado ao hipotireoidismo. Essa associação de hipotireodismo e nódulo de tireóide é até comum no dia-a-dia, porém não existe qualquer relação de causa e efeito de uma com a outra.

3- Todo nódulo benigno que aparece na tireóide precisa ser removido? .

Não. Os nódulos com característica benigna devem ser acompanhados través de exames anuais de ultrassonografia de tireóide para avaliar tamanho, contorno, vascularização, e crescimento. Não ha necessidade de remoção nesses casos.

4-Há diferenças no tratamento de um nódulo na tireóide e de um câncer na tireóide?

Com certeza os tratamentos são distintos. Se o nódulo for solitário ou forem múltiplos faz diferença. A única semelhança é que os nódulos malignos e os benignos podem ser ressecados através de cirurgia que deve ser individualizada para cada caso. No tratamento do câncer de tireóide alem da retirada cirúrgica total da glândula, ainda existe a necessidade de se fazer um tratamento adicional com iodo radioativo.

5- É possível para o médico dizer se o nódulo na tireóide é ou não benigno sem fazer a biópsia?

Sim, através de exame de ultrassonografia, existem alguns parâmetros que podem permitir ao medico de inicio dizer se a lesão se trata de uma lesão benigna ou se existe algum grau de suspeição para malignidade.