ASSINE
search button

Zika: Em dia de 'faxina' contra o Aedes, ministro destaca importância da mobilização

Nesta sexta-feira, ministérios e órgão da União sofrerão varredura para combater mosquito

Compartilhar

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou nesta sexta-feira (29) que o Brasil está diante de uma epidemia que chama a atenção do mundo, ao se referir ao avanço do vírus Zika no país. A declaração surge um dia após a Organização Mundial da Saúde (OMS) convocar um comitê de emergência para tratar do assunto.

Durante cerimônia de mobilização contra o mosquito Aedes aegypti no próprio prédio do ministério, Castro disse que os servidores da pasta precisam dar o exemplo em primeiro lugar. "Não temos ainda a vacina, o remédio para combater o vírus. O que nos resta é o trabalho cotidiano e ininterrupto para destruir os criadouros do mosquito."

O ministro lembrou que o Aedes aegypti circula atualmente em pelo menos 113 países e está no Brasil há cerca de 30 anos. Para ele, acabar com os criadouros é uma tarefa difícil, mas não impossível. "O governo está fazendo a sua parte. Nunca houve na história deste país uma mobilização tão efetiva", disse. "São fundamentais e mais necessárias ainda a participação e a mobilização da sociedade".

Mutirão

Após a presidenta Dilma Rousseff determinar para esta sexta-feira (29) uma varredura em todos os ministérios e órgãos da União em busca de focos de proliferação do mosquito Aedes aegity, transmissor dos vírus da dengue, Zika e chikungunya, o Ministério da Integração Nacional iniciou as ações e promoveu quinta-feira (28) uma palestra para alertar servidores sobre as maneiras de prevenir a proliferação do mosquito. 

Os servidores do ministério informaram que foram convocados por email, de modo "imprescindível". Presente à palestra, o ministro da Integração, Gilberto Occhi, orientou seus subordinados a não negligenciarem no combate ao mosquito também em suas casas. 

Questionado se o esforço para combater os focos de reprodução do inseto nos órgãos federais não estaria sendo tardio, Occhi respondeu que “a qualquer momento ele [o esforço] sserá importante”.

O mais recente boletim epidemiológico, divulgado dia 27 pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal, mostrou que Brasília teve 487 casos confirmados de dengue nas três primeiras semanas do ano, número 153,65% maior do que os 192 registrados no ano passado.

Quarta-feira (27) foi confirmada a primeira morte do ano causada pela dengue hemorrágica no DF. Maria Cristina Santana, de 42 anos e cunhada do vice-governador Renato Santana, não resistiu à doença.

Em relação à Zika, há 23 casos suspeitos e um confirmado no DF este ano. A chikungunya registra nove suspeitas e uma confirmação. 

Durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social quinta-fera (28), Dilma Rousseff pediu aos membros do chamado Conselhão que “mobilizem funcionários, companheiros de sindicatos, fiéis de sua igreja, colegas de trabalho e de escola, família e vizinhos” no combate ao Aedes aegypti. Também ontem o governo anunciou a mobilização de 220 mil membros das Forças Armadas no combate ao mosquito. 

Com Agência Brasil