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Candidatos chegam confiantes para segundo dia de prova do Enem no Rio

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Apesar de mais longa que a prova de sábado (24), o segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo (25), com questões de matemática e redação, foi encarado com confiança por candidatos que fazem a avaliação na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). A unidade reuniu um dos maiores números de inscritos na cidade, cerca de 4,2 mil.

Aqueles que tiveram a oportunidade de se dedicar exclusivamente a estudar para o Enem no último ano disseram que se preparam para provas longas fazendo vários simulados, treinando com questões passadas e frequentando aulas extras no turno contrário do Ensino Médio. Boa parte deles em cursinhos ou escolas particulares, com aulas extras aos sábados e domingos.

“Fiz simulado nos finais de semana, [frequentei] aulas de manhã e à tarde, isso faz diferença”, avalia Ana Beatriz Aguiar,18 anos. Com a meta de ser aceita em um curso de Relações Internacionais, ela buscou um colégio que fizesse um bom preparatório e pagou cerca de R$ 1 mil de mensalidade. “Estou preparada para as 90 questões de hoje”.

Quem não teve a mesma oportunidade de se dedicar ao Enem, estudou em escolas públicas ou terminou o segundo grau há mais tempo, não demonstrava insegurança, mas reconhecia que têm menos chances de uma boa colocação. “É bem mais difícil conseguir tempo para estudar, quando você trabalha, o que é o meu caso”, disse Alexia Andrade, 20 anos. “O meu preparo foi pouco, mas tenho esperança, e só um pouquinho de nervosismo com a redação”, acrescentou.

Cátia Valéria Ferreira, 41 anos, terminou o ensino médio em um curso para jovens e adultos em 2009 e trabalha em uma creche também não teve muito tempo para se preparar, mas diz que não querer parar de estudar. “Vou prestar para Pedagogia. Quero me aperfeiçoar, gosto do que eu faço. Não deu para estudar muito, mas eu treinei, principalmente redação”.

Para se sentir mais confiantes, muitos candidatos receberam apoio dos pais na porta da Uerj. Mãe de uma adolescente, Sandra Maria Teixeira, disse sempre acompanha as filhas em vestibulares. Esse ano, encorajou uma delas, canhota, a pedir uma carteira adequada. Ontem, só havia cadeiras para destros. “Eu fui com ela quase até a porta e insisti para que procurasse o responsável. Chegamos bem cedo para dar tempo. Dia de redação, ela precisa estar confortável”, contou.

Neste domingo, os portões que dão acesso ao local de prova também foram fechados às 13h (horário de Brasília). Um candidato que chegou atrasado, imediatamente abordado pela imprensa, disse que ficou preso no trânsito, mesmo morando perto da Uerj. Ele lamentou perder a prova por poucos minutos.