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Dor de cabeça atinge milhões de brasileiros diariamente

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A dor de cabeça frequente e intensa pode afetar de forma significativa o dia a dia, atrapalhar o desempenho no trabalho e a vida social. A dor varia de intensidade, pode ser sentida como um ligeiro desconforto ou de forma insuportável. No Brasil, cerca de 13 milhões de pessoas apresentam dores de cabeça diariamente. O número é maior do que o encontrado em outros países, como Estados Unidos, por exemplo. A informação é da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCE). 

 De acordo com o neurologista Peter Salem Jr., membro titular da Academia Brasileira de Neurologia, existem vários tipos básicos de dor de cabeça e a mais comum é a tensional episódica, geralmente causada por falta de sono e cansaço. 

Normalmente, a dor é localizada na testa e/ou nuca ou topo da cabeça. Não costuma ter sintomas associados e a frequência pode variar muito. Segundo o especialista, outro tipo é a cefaleia em salvas, caracterizada por crises de forte intensidade e latejante. “A dor é de um lado só e costuma durar de minutos a três horas e aparece em dias seguidos ou alternados. Geralmente é associada com vermelhidão no olho, lacrimejamento e entupimento nasal”, explica Peter Salem Jr. 

Já a enxaqueca, assim como a cefaleia tensional, é considerada uma dor de cabeça primária. São chamadas de primárias porque elas mesmas são a doença. O problema, de fundo genético, acomete mais as mulheres. “A dor começa leve e vai aumentando, enjoo e sensibilidade à luz podem acompanhar a enxaqueca. Com esforço físico a dor aumenta, o que faz com que a pessoa prefira ficar em repouso”, comenta Salem.

De acordo com o neurologista, manter hábitos e alimentação saudáveis podem ajudar a evitar a dor de cabeça. Entre as recomendações estão o combate ao estresse, a prática de exercícios físicos e técnicas de relaxamento, além de evitar locais muito escuros ou iluminados em excesso e não ficar muito tempo em frente à tela de computador.