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Físicos que descobriram massa de neutrinos ganham o Nobel

Japonês e canadense fizeram contribuições-chave para a física

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O japonês Takaaki Kajita e o canadense Arthur B. McDonald foram os vencedores do prêmio Nobel de Física, anunciou a comissão responsável nesta terça-feira (6).    

Os estudos conduzidos por eles comprovaram que os neutrinos, um tipo de partícula, possuem massa e sofrem transformação.   

Kajita descobriu que os neutrinos presentes na atmosfera mudavam de identidade durante o experimento Super-Kamiokande, na Universidade de Tóquio. Ao mesmo tempo, na Queen's University de Kingston, no Canadá, McDonald comprovava que os neutrinos provenientes do Sol não desapareciam no percurso até a Terra, mas assumiam uma identidade diferente.    

Por anos, os físicos acreditavam que esses elementos desapareciam sem deixar rastro em determinado momento do percurso, o que contradiz as leis da física básica, de que nada pode desaparecer sem se transformar. Segundo a comissão que premiou ambos, eles deram as "contribuições-chave" para entender a "metamorfose" desses elementos, que passam por um processo que, qualquer um dos três tipos de neutrinos existente, mudam de identidade, assumindo aquela dos outros dois "membros" de sua família. Para o comitê, essa descoberta abriu a estrada para ter uma nova imagem do universo.    

Os físicos vão dividir um prêmio de 8 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 3,8 milhões). Na segunda-feira (05), a comissão anunciou que William C. Campbell (Irlanda), Satoshi Omura (Japão) e Youyou Tu (China) foram os vencedores do Nobel de Medicina por estudos sobre infecções causadas por parasitas e por novos tratamentos contra a malária.  Nesta quarta-feira (7), será anunciado o vencedor do prêmio de Nobel de Química, na quinta-feira (8), o de Literatura, na sexta-feira (9), o da Paz e na segunda-feira (12), o de Economia.