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Como diferenciar as doenças respiratórias no inverno

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Com a queda da temperatura e a consequente aglomeração de pessoas em ambientes fechados, a população fica mais suscetível aos vírus e bactérias presentes no ar. Essa equação pode resultar em doenças respiratórias que, de fato, são mais frequentes no inverno.

De acordo com a infectologista Nancy Bellei, coordenadora do Comitê Científico de Virologia Clínica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), algumas pessoas possuem mais facilidade em adquirir estes problemas típicos durante os dias frios do inverno. 'Quem é alérgico, por exemplo, desenvolve maior quantidade de secreção, o que facilita a proliferação viral', explica.

Roupas guardadas por um longo tempo dentro de armários fechados, sem receber luz solar, são importantes fontes de ácaros e poeira, além de possíveis mofos e cheiros fortes, o que também pode propiciar alergias respiratórias para quem têm maior propensão, como asma e rinite. Como são muitos tipos de patologias frequentes nessa época do ano, não é raro confundir o que é cada uma delas - o que ocorre com a gripe e o resfriado, por exemplo.

'A gripe, causada pelo vírus influenza, causa sintomas sistêmicos, como dor de cabeça, dores musculares, mal estar, cansaço, febre elevada e fadiga. Já o resfriado manifesta tosse, espirros e coriza, assim como a gripe, porém, com febre baixa, e não há sintomas sistêmicos como aqueles encontrados na outra patologia', esclarece a dra. Nancy.

De acordo com a infectologista, é preciso também ficar atento à diferenciação de uma pneumonia e uma simples gripe. 'O corpo dá sinais importantes, como a falta de ar. Mesmo que a gripe comece sem febre e sem falta de ar, o quadro pode aparecer após alguns dias. Neste caso, deve-se procurar um médico', alerta.

Segundo a dra. Nancy, é de extrema importância observar se está diante de um possível quadro de pneumonia, pois os tipos viral e bacteriana são doenças que podem acarretar em insuficiência respiratória, devido ao espaço que seria ocupado pelo ar nos pulmões, estar, na verdade, ocupado por líquido e pus.

Para a infectologista, existem algumas dicas para melhorar o sistema imunológico e, assim, reduzir as chances de contrair estas doenças. A recomendação é manter uma higiene correta das mãos e o ambiente sempre bem arejado, a fim de minimizar o contato dos vírus e bactérias presentes em gotículas. 'Procure um serviço de saúde se apresentar alguns dos sintomas; muitas das doenças comuns do inverno possuem tratamento específico, disponível na rede pública' conclui.