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Estudantes brasileiros participam de concurso internacional de inovação

Prêmio é voltado a alunos do ensino médio, de escolas públicas

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Já estão abertas as inscrições para o concurso internacional Respostas para o Amanhã, que chega este ano à sua segunda edição na América Latina, ampliando de sete para oito o número de países participantes (Brasil, Argentina, Chile, México, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana). O prêmio é voltado a alunos do ensino médio, de escolas públicas. A competição objetiva desafiar os jovens a apresentar projetos inovadores baseados na aplicação de conhecimentos de matemática e ciências, entre outras disciplinas, que possam resolver problemas das comunidades onde vivem.

A iniciativa é coordenada pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) e conta com apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e da Rede Latino-Americana de Organizações Sociais para a Educação (Reduca), entre outras instituições.

A coordenadora do projeto no Cenpec, Ana Cecília Chaves Arruda, disse hoje (30) que o grande diferencial do prêmio está na proposta pedagógica, ao promover um trabalho colaborativo entre todos os alunos da classe, que se unem para desenvolver um único projeto.

“A gente não coloca os alunos disputando entre si em uma sala de aula. Eles têm um desafio comum que é sair da escola, olhar para a comunidade para reconhecer lugares e identificar uma situação problema”, explicou. Segundo ela, o professor acaba subsidiando os alunos na elaboração do projeto, que deve apresentar uma solução para o problema identificado, com base nos conteúdos escolares. “Então, a gente está, na verdade, mostrando a importância desses conteúdos curriculares para a vida deles e a relação desses conteúdos com a vida cotidiana”, acrescentou.

A Escola Estadual Tristão de Barros, de Currais Novos (RN), foi a vencedora nacional da premiação no ano passado, com o projeto Equilíbrio, de reaproveitamento de lixo eletrônico para a construção de produtos destinados a pessoas com deficiências. A diretora da escola, Elba Alves, disse que o prêmio representou o reconhecimento de uma prática pedagógica que pode acontecer em qualquer escola pública.