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Hospital Pró-Cardíaco avança no tratamento da insuficiência das válvulas do coração

O cirurgião Alexandre Siciliano explica que a incorporação tecnológica representa uma revolução

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Responsáveis por cerca de 30% das cirurgias cardíacas em adultos e por 80% desses procedimentos em crianças de todo o país, como aponta a Sociedade Brasileira de Cardiologia, as doenças das válvulas (valvopatias) podem ter origem congênita ou ser adquiridas em decorrência do processo de envelhecimento. Para tratar de idosos com esses graves problemas, o Hospital Pró-Cardíaco, referência nacional em cardiologia de alta complexidade, investiu no Mitraclip – dispositivo de uso percutâneo destinado ao tratamento da insuficiência mitral em pacientes com elevado risco cirúrgico.

Alexandre Siciliano, cirurgião cardíaco responsável pelo primeiro procedimento realizado no Pró-Cardíaco, explica que a incorporação tecnológica representa uma revolução na busca da longevidade sem abrir mão da qualidade de vida. Principalmente em pessoas idosas com doenças degenerativas relacionadas ao envelhecimento, que podem impactar o funcionamento da válvula mitral.  

A inserção do Mitraclip é realizada via cateterismo – o que, quando comparado à prática convencional, reduz a ocorrência de sangramento e diminui o tempo de internação. “Trata-se de um processo minimamente invasivo, que amplia as chances de quem tem necessidade de tratamento de insuficiência nas válvulas do coração. Porém, o Mitraclip só é indicado após um criterioso planejamento da conduta a ser seguida, pois há de se verificar as condições clínicas dos pacientes”, informa Siciliano.  

Para avaliar se o paciente pode ser submetido ao uso do Mitraclip, o Hospital Pró-Cardíaco conta também com um Heart Team formado por hemodinamicistas, ecocardiografistas e cardiologistas, que verificam previamente todo o histórico clínico dos candidatos a serem submetidos ao procedimento. Unidos, todos os especialistas avaliam os casos que poderão ser encaminhados ou deverão seguir outra conduta clínica destinada à alta complexidade.  

O médico aponta ainda que a insuficiência das válvulas, se não tratada adequadamente, pode trazer sintomas, como cansaço em demasia e fadiga constante. Outro aspecto relevante é que, em diversas situações, a cirurgia convencional ainda é o padrão para determinadas condutas da alta complexidade cardiológica.   

Mais sobre as válvulas cardíacas 

A cada batida do coração, as válvulas aórtica, mitral, pulmonar e tricúspide entram em ação: abrem e fecham, controlando o fluxo de, aproximadamente, 5 litros de sangue por minuto no organismo. Esse trabalho tem a função de abastecer os tecidos e os órgãos com oxigênio e nutrientes e retirar impurezas, por meio da filtragem do sangue nos pulmões, no fígado e nos rins. Quando essas válvulas não funcionam bem e deixam de atuar com precisão, podem ocasionar problemas cardíacos.  

Sobre o Hospital Pró-Cardíaco:

Inaugurado em 9 de novembro de 1959, em Botafogo, o Hospital Pró-Cardíaco tem suas atividades voltadas para a alta complexidade e, mais recentemente, para a ultracomplexidade, como o implante de ventrículo artificial. A tecnologia de última geração e a excelência dos corpos clínico e funcional tornaram o hospital sinônimo de modernidade, de atendimento humanizado e personalizado e, principalmente, referência nos atendimentos cardiológicos e de terapia intensiva. Em 2012, a instituição obteve a certificação pela Accreditation CanadaInternational, tornando-se ainda a primeira unidade hospitalar no Brasil e a terceira em todo o mundo a receber a distinção para o processo de atendimento ao paciente com AVC.