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Enfermeira ameaça ir à Justiça contra quarentena nos EUA

Estado diz que ela deve ficar isolada em casa por 21 dias

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A enfermeira Kaci Hickox ameaça entrar na Justiça contra o Estado, após ter sido colocada em quarentena forçada em casa, por suspeita de ebola. Kaci afirmou, em declaração à imprensa, na noite desta quarta-feira (29), estar sofrendo bullying político. O prazo dado por ela foi esta quinta-feira (30).

    "Se as restrições impostas a mim pelo Estado do Maine não forem suspensas até a manhã de quinta-feira, irei ao tribunal lutar pela minha liberdade", disse a enfermeira.

    Kaci, que trabalhou um mês em Serra Leoa e retornou aos Estados Unidos na última semana, alega que não possui sintomas da doença e por isso, está tendo seus direitos civis cerceados pelo estado do Maine, um dos que passaram a obrigar a quarentena para profissionais de saúde que tiveram contato com pacientes de ebola, na África ocidental.

    "Eu não estou disposta a ficar aqui e deixar meus direitos civis sejam violados quando não há base científica alguma", disse Hickox, em frente à sua casa, em Fort Kent.

    Autoridades sanitárias do Maine dizem que a enfermeira terá que ficar em casa até o dia 10 de novembro, quando serão completos os 21 dias, tempo máximo para que o ebola apresente sintomas. O governador do estado, Paul LePage, afirmou que vai buscar ordem judicial para manter Kaci em casa.

    Após retornar aos EUA, na última semana, a enfermeira foi colocada em isolamento no aeroporto de Newark, em Nova Jersey. Depois, foi para hospital na cidade e passou por testes, que não apontaram a presença do ebola em seu organismo. Ao manifestar-se contra a quarentena no hospital, conseguiu liberação para seguir o isolamento em sua casa. (ANSA)