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Obama tem encontro com enfermeira que se curou de ebola

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, abraçou a enfermeira norte-americana Nina Pham, que recebeu alta nesta sexta-feira (24) do National Institute of Health após se curar do vírus ebola. Segundo o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, Obama não pediu nenhuma preparação especial no Salão Oval para recebê-la.

Pham foi a primeira profissional de saúde dos EUA a pegar a doença no país. A transmissão ocorreu durante a internação do chamado "paciente zero", o liberiano Thomas Duncan, que morreu pela doença.

Mali

Morreu nesta sexta-feira a menina de dois anos que havia contraído ebola na Guiné, quando foi ao país vizinho para o velório da mãe.

A contaminação dela fez com que as autoridades africanas colocassem outras 43 pessoas que tiveram contato com a menina em isolamento e anunciaram que fizeram a desinfecção do serviço de pediatria que ela utilizou.

A OMS destacou que o caso, o primeiro do país, será tratado com "a máxima vigilância" porque a pequena já apresentava sintomas da doença durante a viagem de ônibus que fez entre os dois países. Ela estava com um sangramento no nariz, um dos meios mais comuns de outras pessoas pegarem o vírus.

Segundo informações da entidade, as duas foram à Guiné para o velório da mãe da menina. No dia 19 de outubro, elas iniciaram a viagem de volta e passaram por diversas cidades.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) havia confirmado que recebeu a primeira notificação da doença no Mali e anunciou o envio de especialistas ao país africano. "Um primeiro grupo, com três especialistas, já estava no Mali desde o dia 19 de outubro como parte do plano da OMS de preparar os países mais expostos. Nas próximas 24 horas, vamos enviar quatro médicos com especialização em epidemiologia, mobilização nacional e gestão clínica", destacou a porta-voz da entidade, Fadela Chaib.

 

Vacinas

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) pediu que sejam elaborados planos para o fornecimento de vacinas e tratamentos às equipes sanitárias que atuam na linha de frente contra o vírus. "A OMS afirmou que as pessoas que estão combatendo a epidemia estarão entre as primeiras a testar as vacinas e os tratamentos contra o ebola. É exatamente a mensagem que queríamos ouvir", disse o diretor-médico do grupo, Bertrand Draguez.

 

União Europeia aumenta ajuda financeira

A União Europeia anunciou um aumento na ajuda financeira para combater o ebola na África. Agora, a ajuda será de 1 bilhão de euros, segundo o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

 

Entidade prevê explosão de casos

A epidemia africana de ebola corre o risco de ter uma explosão de casos nas próximas semanas se não houver um aumento substantivo na ajuda, informou o relatório "The Lancet Infectious Diseases". O documento toma como base a situação atual e prevê que os casos na Libéria passem de 170 mil até dezembro deste ano.

 A análise foi feita por especialistas da Yale's Schools of Public Health and Medicine e do Ministério da Saúde da Libéria e do Reino Unido a partir de um modelo matemático sobre a transmissão da doença. Calculando a partir do dia 15 de outubro até o dia 15 de dezembro, se os esforços não forem intensificados, mais de 90 mil pessoas morrerão na epidemia.