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2.793 pessoas morreram por ebola, diz OMS

Segundo entidade, Nigéria e Senegal conseguiram controlar doença

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta segunda-feira (22) que o número de pessoas que morreram pelo vírus ebola subiu para 2.793. Ao todo, 5.762 foram infectadas pela doença em cinco países: Serra Leoa, Libéria, Guiné, Senegal e Nigéria.

    Os dados mostraram que não houve mais nenhuma morte desde o levantamento da semana passada no Guiné e que o surto está "controlado" na Nigéria e no Senegal.

    Serra Leoa O governo de Serra Leoa anunciou que 150 novos casos de ebola foram registrados no país durante o período de confinamento ao qual os moradores foram submetidos entre os dias 19 e 21 de setembro. Destes, 70 pessoas faleceram em decorrência da doença.

    Os números já estão nas novas estimativas da OMS.

    A quarentena aos moradores foi imposta para evitar novos contágios. Nesse período, cerca de 30 mil voluntários das organizações internacionais visitaram as residências para dar assistência a quem apresentasse os sintomas e passar informações sobre a epidemia.

    Porém, a atitude foi criticada pela organização Médicos Sem Fronteiras (MSF). Os médicos afirmaram que essa medida não é suficiente para combater a doença. A entidade também disse hoje estar chegando ao limite de sua capacidade para combater o vírus.

    "A 6 meses do início da piora da epidemia de ebola, a resposta internacional é ainda inadequada. Estamos perdendo muitas vidas e as nossas equipes estão no limite de sua capacidade. É preciso agir para parar a epidemia", disse o presidente do órgão, Loris De Filippi. Ele ainda afirmou que "ninguém imaginava que o montante para 2014 da MSF para combater o ebola chegasse a US$ 46 milhões".

    De Filippi ainda destacou que "a situação na África Ocidental é dramática. Dezenas de pessoas adoecem todos os dias e enchem as portas dos nossos centros de atendimento, mas temos que mandá-las para casa porque não temos leitos suficientes para atendê-las". "Trabalhar contra o ebola é extremamente difícil seja no plano médico, porque nossa capacidade é limitada, seja no plano humano, porque é uma doença que provoca grande sofrimento e muito de nossos pacientes não sobrevivem", declarou a médica do MSF Roberta Petrucci, que voltou da Libéria onde passou as últimas cinco semanas atendendo a população. Ela ainda reforçou que "o medo é nítido entre as pessoas e o sistema médico está em colapso, com estruturas fechadas". "Os danos que a mortalidade do ebola está causando, indiretamente, ao sistema hospitalar é incalculável. Mas, a cada cura é uma festa, que nos dá força para andar para frente. Com a ajuda de todos, poderemos continuar a nossa ação para salvar vidas e parar essa dramática epidemia", destacou Petrucci. Segundo dados apresentados hoje, o MSF tratou 60% dos casos da doença na África e conseguiu tratar 2.930 pessoas - das quais 1.750 estavam com ebola - e salvou 520 contaminados pela doença.

    Médico espanhol Manuel Garcia Viejo, o médico missionário espanhol contaminado por ebola e que voltou à Madrid hoje, não será tratado com o medicamento experimental Zmapp. Isso porque "as doses acabaram e não há disponibilidade delas no mundo", segundo o diretor do Centro de Coordenação de Alerta, Fernando Simon.

    De acordo com Simon, a situação de Viejo "é grave" e ele sofre "de uma profunda desidratação e de danos ao sistema hepático-renal". Ele ainda explicou que amanhã (23) será decidido se ele utilizará uma terapia alternativa especial que ainda não tem resultados clinicamente comprovadas.

    O Zmapp é o medicamento que mais tem apresentado eficácia na cura dos pacientes e foi utilizado nos estrang