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Contra ebola, Obama anunciará envio de 3 mil militares

A ONU também pediu US$ 1 bilhão para combater a doença

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Os Estados Unidos enviarão três mil militares para a África Ocidental para auxiliar no combate à epidemia de ebola, que já provocou a morte de 2,4 mil pessoas neste ano. O contingente deve ser anunciado hoje pelo presidente norte-americano, Barack Obama, em um evento em Atlanta. A medida faz parte de um plano de intervenção dos EUA. De acordo com fontes de Washington, o plano prevê a criação de um centro de comando em Monróvia, na Libéria, um dos países mais afetados pela epidemia do vírus, assim como Serra Leoa e Guiné.

    O local oferecerá suporte às iniciativas militares e centralizará a coordenação dos esforços. O Pentágono também enviará engenheiros à África para instalar outros 17 centros para cura e tratamento da doença. Cada posto terá 100 leitos e formará especialistas da área de saúde, incluindo médicos. "Para combater a epidemia diretamente, devemos exigir uma verdadeira resposta internacional", disse uma fonte do governo dos EUA. O jornal "The Wall Street Journal", por sua vez, publicou que o mandatário pedirá ao Congresso US$ 88 milhões para a iniciativa.

    Nesta terça-feira (16), em Genebra, as Nações Unidas (ONU) fizeram um apelo para recolher US$ 1 bilhão para a luta contra o ebola na África. O valor é quase o dobro do que tinha sido solicitado até o momento. De acordo com a agência, cerca de 22 milhões de pessoas vivem nas áreas atingidas pelo vírus e precisam de apoio constante. A entidade prevê que o combate ao ebola dure ao menos seis meses e exija a criação de uma vasta, rápida e eficaz mobilização internacional. Até o fim do ano, a ONU estima que 20 mil pessoas estarão infectadas com a doença, cujo índice de mortalidade é próximo dos 95%. (ANSA)