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OMS diz que surto de ebola é ameaça global

Diretora da entidade pede para África não ser estigmatizada

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Em alerta feito por sua diretora, Margareth Chan, a Organização Mundial de Saúde (OMS), declarou que a epidemia do vírus ebola "é a maior e mais grave já vista nos últimos 40 anos." Segundo Margareth, o vírus "é uma ameaça global que precisa de resposta global e coordenada." O último balanço oficial feito pela OMS sobre a epidemia de ebola nos quatro países do oeste africano afetados pelo vírus, Serra Leoa, Libéria, Guiné e Nigéria, apontou 1552 mortes e mais de 3000 casos de contaminação. Outro país da região, o Senegal, confirmou na última semana, o primeiro caso de ebola do país.

    A diretora da OMS afirmou que o foco de ebola na República Democrática do Congo (Congo DR), na África central, que divulgou ter 31 casos, é um evento independente do que ocorre no oeste do continente. Margareth Chan fez apelo para que a África não seja estigmatizada. "O ebola não é uma nova doença. Nós já conhecemos e sabemos o que fazer sobre a epidemia. Não podemos estigmatizar o continente africano", afirmou.

>> Surto de ebola deverá impactar acesso à alimentação em países infectados

EUA tomam precaução - Estudantes e membros de grupos de universidades e colégios norte-americanos, que retornarem da África, de agora em diante, deverão tomar precauções especiais.

    A solicitação foi feita pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Atlanta (Cdc), durante a abertura do ano escolar e acadêmico nos EUA.

    A cartilha de recomendações dos especialistas em saúde pública exige observação de pessoas que estiveram nos países afetados pela epidemia de ebola, nos últimos 21 dias. O Cdc também orienta às pessoas que estiveram na África de medirem suas temperaturas duas vezes por dia durante 21 dias, tempo em que os sintomas do ebola podem se manifestar. Em caso de sintomas, as pessoas devem procurar um centro médico.

    Itália sob controle - A ministra da Saúde italiana, Beatrice Lorenzin, afirmou nesta quarta-feira (3), que a situação do país em relação ao ebola está sob controle. "Fomos um dos primeiros países a ativar o sistema de alerta", disse Beatrice, em um evento no canal de notícias Tgcom. A ministra afirmou que não há riscos para a entrada do vírus nos barcos de refugiados que entram no país. "Não existe perigo. Nossos protocolos de segurança são de vanguarda e colocamos em prática uma série de ações de controle sanitário", disse Beatrice. (ANSA)